Num gesto de puro
nepotismo e concorrência desleal, sua excelência eu entrou na livraria e ocupou
os quatro exemplares, por sinal os últimos e únicos, sem dar margem à
possibilidade de haver outros leitores à procura do livro de contos que chegou
a ser publicitado na TPA2. Depois de receber o alerta do regresso de
FÁTUSSENGÓLA, O HOMEM DO RÁDIO QUE ESPALHAVA DÚVIDAS (Gociante Patissa, 2014)
às bancas das novas instalações da livraria TEXTO EDITORES, Benguela, que fica
na rua Domingos do Ó, foi inevitável voar para lá e repor a biblioteca caseira.
O preço de capa ficou-se pelos 600 Kwanzas, contra os originais 500 Kwanzas
estabelecidos pelo organismo mentor do projecto, o já extinto GRECIMA,
suportado por fundo públicos. Cai, assim, por terra o argumento da Leya,
segundo o qual nada mais tem o autor a receber pelos royalties (direitos
autorais) em virtude de já não haver exemplares à venda, considerando que, se
em Benguela houve registo de vendas em 2018, certamente em outras paragens do
país (onde o autor é desconhecido e a procura é menor) também haverá. Voltando
ao gesto de ser o autor a comprar os seus próprios livros num acto de
concorrência desleal, fica claro que o nepotismo afinal parece que só é mau
quando não nos beneficia, né? E assim voltamos ao quadro desértico anterior:
continua esgotado no mercado o livro de contos FÁTUSSENGÓLA, O HOMEM DO RÁDIO
QUE ESPALHAVA DÚVIDAS porque os quatro exemplares que marcaram o seu regresso
foram adquiridos pelo próprio autor. Que mau, né?… Ainda era só isso. Obrigado
hahahah www.angodebates.blogspot.com
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018
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» Divagações | Nepotismo é quando o autor esgota os próprios livros antes de o leitor saber
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