A convite do Movimento Lev'Arte Benguela, fui o orador da palestra que marcou o fecho das festividades do mês dedicado a Agostinho Neto, evento que teve lugar na Sala de conferências da Mediateca de Benguela, pela manhã deste sábado, 28 de Setembro. Com uma plateia composta maioritariamente por jovens potenciais escritores e alguns professores, historiadores, foi para mim um exercício interessante e desafiador, tendo em conta a ténue linha que existe entre o narrador (literatura) e o perfil do autor António Agostinho Neto (carga política-ideológica), em alguns casos até beirando o tabu. Falamos sobre a génese da literatura angolana, os períodos (colonial/africano) o papel das gerações literárias, a relação entre o jornalismo e a literatura, sobre a influência dos ditames do mercado (interno e principalmente em Portugal e Brasil), sobre o posicionamento da literatura em relação ao poder, sobre a necessidade de mais formação de estudiosos e produção de crítica literária em Angola, uma vez que dependemos muito ainda de "observadores externos", bem como foi discutida a razoabilidade metodológica (em muitos casos ausência dela) de algumas vozes discordantes quanto ao valor literário de Neto e seus contemporâneos.
Cartaz produzido pelos organizadores
Efraim Chinguto (anfitrião), Lucas Katimba Katimba(moderador) e Gociante Patissa (palestrante) — comEfraim Chinguto e Lucas Katimba Katimba
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