Tenho ainda os lábios puxados para trás, sorrindo, quando inicio estas linhas. Acaba de chegar ao meu conhecimento que no passado domingo, oradora de uma igreja evangélica do Lobito dirigiu-se à sua plateia, grupo feminino da sua igreja, em termos mais ou menos como estes: "Há um jovem de Benguela que tem muita razão, quando diz que não tem pernas o tempo". Segundo aquela oradora, "você que está estático em casa, não se preocupa em aproximar-se ao seu Deus, à sua congregação, por achar que não é ainda o tempo", corre o risco de ficar ultrapassado. É preciso ir ao encontro, ao invés de esperar que o tempo chegue, que o tempo passe pelo seu pátio, pois ele nunca chegará, uma vez que não ter penas".
A polissemia, o direito que o leitor tem de interpretar de acordo com a sua visão do mundo, é ou não algo belo na literatura? Um abraço
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