Vi agora no noticiário da TPA (Bom Dia Angola) matéria que dá conta de uma recente posição do governo britânico no sentido de se desculpar das atrocidades da era colonial no Kenya, uma acção que inclui indemnização às vítimas e construção de memorial. Enquanto isso, algumas ex-potências colonizadoras, por sinal do mesmo continente que a Inglaterra e com as mesmas atrocidades praticadas sobre África, não passam de ocos discursos de "países irmãos", ou "com história comum, boa ou má".
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"A relação entre portugueses e angolanos nem sempre é das melhores, porque em Portugal não se conhece Angola, como nos diz o professor universitário Alberto Nunes, ou porque ainda existem feridas abertas que nunca foram saradas entre o antigo colonizador e a sua antiga colónia". in Novo Jornal, pág 04, 7 Junho 2013
Eu não conheço o professor Alberto Nunes de lado nenhum, mas acho que ele tem razão. Ainda existem muitas feridas abertas, sem sombra de dúvida, mas também é verdade que em Portugal não se conhece Angola. Não se conhece. Devia-se conhecer, mas não se conhece. Nem os antigos colonos, que se dão ares de profundos entendidos em tudo o que a Angola diz respeito, conhecem Angola. As barbaridades que os ouço dizer sobre Angola - e sobretudo sobre os angolanos - são muitas vezes de estarrecer, aliando o preconceito à ignorância.
De resto, é preciso dar tempo ao tempo. A independência de Angola é mais recente do que a do Quénia e pode ser que no futuro Portugal mude de atitude, como a orgulhosa Grã-Bretanha também já mudou.
Grato, como sempre, caro Fernando, pelo subsídio. Cumprimentos de Benguela
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