autor desconhecido |
Na década de 1990, o ministro da saúde, Flávio Fernandes (que já não faz parte do mundo dos vivos), não querendo ser abordado pela reportagem da Televisão Pública de Angola, fechou violentamente a porta, o que ficou filmado. O gesto, denunciado em poucos segundos do noticiário, levaria à exoneração do dirigente (não excluindo de todo a hipótese de ter havido outras razões de bastidores). Lembrei-me disso quando vi há pouco gesto idêntico, também à reportagem da TPA, da parte do assessor de imprensa da Federação Angolana de Futebol, Sílvio Kapuepue, quando seus colegas de profissão captavam os ânimos exaltados nos balneários da selecção angolana de futebol em mais uma das habituais desqualificações, desta feita em Kampala, onde saiu derrotada pelo Uganda por 1-2 e viu gorado o sonho de ir ao mundial de 2014 no Brasil. Até termos acesso à versão de Kapuepue quanto ao gesto no vídeo, fica o infeliz papel de carrasco de seus colegas, quando toda a união é pouca para dignificar a classe. É caso para dizer que muitos defendem lados, quando julgávamos que defendiam causas.
0 Deixe o seu comentário:
Enviar um comentário