Era necessário quebrar a rotina e caía bem, de facto, uma viagem por estrada. Observar as obras na via do Dombe-Grande faria um bom passatempo (Sábado, 14/03). Ora conduzes tu, ora conduzo eu, lá se tornava divertida a viagem, melhor ainda porque o «Starlet bebucho» portou-se como um verdadeiro jeep, galgando os cerca de 94 quilómetros entre Benguela e a comuna do Dombe-Gande. Salomão convidou e não consegui dizer “não”, eram por aí 15 horas.
Sintonizando a Rádio Benguela (92.9 FM), ganhávamos a agradável companhia musical. Qual não foi o meu espanto ao descobrir que há uma nascente na área do Parque de Chimalavera! Ironicamente, a nascente situa-se bem perto da estrada, só continuando desconhecida por falta de interesse dos entendidos quanto à sua divulgação. Já tem uma espécie de cifão, feita à base de pedras e cimento. É lá que o gado vai beber, só não falo de pessoas para não ser redundância. Aos meus 30 anos, finalmente, acabei de testemunhar o “parto” de um rio. Água limpa saindo da montanha, numa zona aparentemente seca (belisquem-me para acordar, acho que estou a sonhar…!).
Saudamos o rio Kupololo, que não parecia muito atento, qual leão adoentado. Menos mal, achamos, conquanto o caudal andasse baixo (pois assim não nos comprometeria o regresso). É bom lembrar que a chuva, que muito adoro, não tem sido generosa nos últimos tempos no Sul de Angola.
E como é impossível visitar o Dombe-Grande sem se encantar com a variedade de frutas, compramos banana, mamão, goiabas e gajajas (feitiço?! Não. Fica para a próxima). 18 horas, marcava o relógio, quando chegamos de volta. O céu andava escuro, cheirando a chuva, entretanto pintado com um grosso arco-íris. Eu, particularmente, sentia-me com aquele doce cansaço (o qual geralmente sente quem andou a fazer amor – não era o caso, claro!)…
Sintonizando a Rádio Benguela (92.9 FM), ganhávamos a agradável companhia musical. Qual não foi o meu espanto ao descobrir que há uma nascente na área do Parque de Chimalavera! Ironicamente, a nascente situa-se bem perto da estrada, só continuando desconhecida por falta de interesse dos entendidos quanto à sua divulgação. Já tem uma espécie de cifão, feita à base de pedras e cimento. É lá que o gado vai beber, só não falo de pessoas para não ser redundância. Aos meus 30 anos, finalmente, acabei de testemunhar o “parto” de um rio. Água limpa saindo da montanha, numa zona aparentemente seca (belisquem-me para acordar, acho que estou a sonhar…!).
Saudamos o rio Kupololo, que não parecia muito atento, qual leão adoentado. Menos mal, achamos, conquanto o caudal andasse baixo (pois assim não nos comprometeria o regresso). É bom lembrar que a chuva, que muito adoro, não tem sido generosa nos últimos tempos no Sul de Angola.
E como é impossível visitar o Dombe-Grande sem se encantar com a variedade de frutas, compramos banana, mamão, goiabas e gajajas (feitiço?! Não. Fica para a próxima). 18 horas, marcava o relógio, quando chegamos de volta. O céu andava escuro, cheirando a chuva, entretanto pintado com um grosso arco-íris. Eu, particularmente, sentia-me com aquele doce cansaço (o qual geralmente sente quem andou a fazer amor – não era o caso, claro!)…
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Gociante Patissa
7 Deixe o seu comentário:
Quando venho aos blogs angolanos,já fico com saudade da terra onde,infelizmente,tive que fugir em 75,mas quando leio,que compraste goiabas,isso é que arrasa comigo,desde os idos de 75,que não deito a mão a essas tipas,minto aqui a 2 ou 3 anos comprei ,aqui num supermercado no Porto duas goiaba,mas não deu para comer,os tipos apanham-nas verdes e depois não são nem da Gabela nem da Quilenda.
Querido Patissa, eu não conheço a zona, mas tu com as tuas descrições e historias vais fazendo com que a vá conhecendo! Quanto as frutas, conheço-lhes bem os sabores :D não falo em saudade como o mafegos pois aprendi a apreciar o que tenho e manter na memoria o que conheci :D
Beijinho
O problema das pessoas é conhecerem ou terem contacto com Angola. No meu caso ela foi tão contagiante (no bom sentido) que volvidos longos anos, vejo-me obrigado a conviver, o que sempre tentei esquecer. Estou a ver que não consigo.
A fruta aqui vendida, só nos dá a ideia e algum sabor, para recordação do verdadeiro sabor que elas deveriam ter.
Caro patissa, contemplar a natureza não é fazer amor com ela?
O melhor amor que há e que se pode fazer é com ela ( a natureza), a nascente do Koporolo, etc.
Um abraço
Canhanga
Caro cibernauta,
Esta agência lhe pode ser útil, um dia!
Consulte-nos e verá que não é bleff
Cassula: Agradeço teres relembrado todo esse passeio que deste. Ate parece que eu estava la. Vivi no Dombe Grande desde os meus 6 anos ate aos 15. Passei muitas vezes o rio Kuporolo em cima de carrinhos de linha de ferro.Comi muitas mangas cabeça de criança, gajajas, pitanhas , caju ,sap-sap,etc .Que saudades. Um abraço a todos os Angolanos em especial Benguelenses
Bom dia eu estive na fazenda de Sº Françisco 4 de fevereiro como cooperante eletricista de 1984 a1986 e desde ai para cá tenho tido muitas saudades do tempo em que estive lá conheço bem o Lobito,Catumbela onde esteve um amigo meu também com eletricista, também conheço Catumbela,Baia Farta, praia do Cuio etc... pois deixei muitas amizades,das farras que se faziam por todo lado, as famosas pescarias que fazia na praia do Cuio em cima da ponte de madeira que penso que ainda exista agora está tudo diferente mas faz parte do desenvolvimento natural. também participei nas queimadas da cana de açúcar das festas que se faziam em casa deste ou daquele enfim...é na verdade muito diferente do que em Portugal sem dúvida espero um dia visitar o Dombe que está muito muito diferente mas espero que para muito melhor para todos. até breve um abraço.Costa Lima
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