domingo, 29 de março de 2009

Leitor considera atendimento em Angola "mercenarismo profissionalizado"

Chegou-nos por e-mail o desabafo de um compatriota, que publicamos na íntegra sem lhe alterar uma vírgula sequer. A seu pedido omitimos a identidade. Certa (ou não) ou exagerada (ou não), é a legítima visão dele. Angodebates

O mercenarismo profissionalizado

Hoje em dia quase que as pessoas perderam a noção do que é trabalho. Vão ao local de trabalho sem aquele amor principalmente nas instituições públicas. Dificilmente encontramos funcionários que atendem bem as pessoas, quero com isto dizer que está sempre disposta a ralhar, sem o mínimo de respeito. Se os chefes sabem ou não este é o dilema que vivemos.

· Nas escolas quando remete o requerimento para pedir certificado, dizem logo passa daqui a oito dias; mas na realidade pode levar dois a três meses. Quem não trabalha é o Director ou o funcionário?
· Na identificação tratar bilhete; daqui a três meses mas na realidade pode levar dois a três anos.
· Nos hospitais a pessoa chega no banco de urgência mas a maneira do atendimento deixa a desejar. Porque o paciente fica ali a espera da intervenção dos enfermeiros que as vezes meteram-se em conversas banais.

Na maternidade a parturiente é abandonada na cama porque a(s) parteira(s) foi por a fofoca em dia ou escolher algumas roupas em detrimento da doente que precisa de cuidados. Se calhar algumas só morre por negligência das parteiras, já que ninguém vê o que acontece lá dentro excepto a parturiente e as funcionárias.

Como é que vai ser quando os antigos funcionários mais responsáveis forem a reforma? Haja vocação e não mercenarismo.
· Pessoas há que quando não têm emprego prometem fundos e mundos; depois de conseguir excede o limite de faltas puníveis pela Lei Geral de Trabalho. É com estes funcionários que queremos desenvolver Angola?

O exemplo dos candidatos a bolsa de estudo para o Brasil é uma vergonha. São preguiçosos mas querem ir além por fim setenta destes candidatos apresentaram certificados falsos; onde é que vamos parar, que quadros teremos futuramente? Será que é walende (bebida alcoólica) demais que os jovens ingerem ou os miolos é que não prestam?

Resumindo e concluindo as pessoas querem salário mas sem vontade de trabalhar. Que injustiça!?
Lamentações do citadino, 28-02-09
(foto tirada da net).
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1 Deixe o seu comentário:

kanuthya disse...

'Ndapandula pela visita :)
O desabafante fala justamente da mania de querer um emprego, não um trabalho :)
Correio para ti, mas com remetente de nome xindelizado :)

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