Numa
das habituais visitas ao site da DW (Voz da Alemanha), que tem um serviço em
português que cobre o continente africano, de que gosto porque disponibiliza
texto e áudio, topei com uma notícia do país irmão Moçambique, cuja oposição
optou por boicotar a visita do presidente da Guiné-Equatorial, Teodoro Obiang.
A Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), maior partido na oposição em
terras de Machel, justifica, na voz da sua chefe da Bancada, Ivone Soares, que "não
se compactua” com países ou personalidades que vêm na pena de morte” ou no
"golpe de Estado uma solução”. Por seu turno, o repúdio do MDM (Movimento
Democrático de Moçambique) veio do deputado José de Sousa, estranhando que se
tenha convidado um "indivíduo que defende aquilo que a nossa Constituição" - disse - "não permite, por exemplo, a pena de morte”. Há
naturalmente outros defeitos que se apontam a Obiang e seu regime, mas fazer
este estardalhaço contra a pena de morte da Guiné-Equatorial, quando se é
parceiro de relações formidáveis com os Estados Unidos de América (que não tem
dado grandes sinais de abolir a mesma medida), dá assim uma ideia de contrassenso.
Por acaso os deputados reagiriam da mesma forma se a visita fosse de um chefe
de Estado americano? Fica a questão de retórica. Ainda era só isso. Obrigado. www.angodebates.blogspot.com
sexta-feira, 7 de abril de 2017
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» Just a question | Os efeitos da pena de morte diferem de país para país?
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