Há uma parte de mim que eu muito invejo. Com o
onírico alimenta-se e só ele faz agenda. Esta parte muito em mim não se deixa
controlar, conformar, medir. Nem pára quieta. Quanto a isto, não há volta a
dar. Faz-se à estrada o tempo inteiro, constantes ciclos de renovação. Às vezes
me falta o tempo, e ela parte livre de minhas preocupações. Não lhe prende o
fraco orçamento, o dever laboral, a burocracia migratória. Há esta parte de mim
que muito invejo, talvez porque nem eu próprio controlo.
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