A primeira vez que concorri a um prémio de
poesia foi em directo ao telefone, salvo erro em 2003 sobre o dia de S. Valentim, num programa dominical
da Rádio Morena conduzido por Zé Manel (que veio a ser no ano seguinte meu professor de locução/redacção noticiosa na "obra" da Rádio Ecclesia). O
prémio é que foi uma desilusão, um paninho com desenho de coração, algo que em
meu entender custava mais barato do que um lápis a carvão. Pronto, valeu a
publicidade, afinal é aos poucos que se vem fazendo o caminho. O poema intitula-se "Sonhos de
Rua", que veio mais tarde a ser publicado no meu livro de estreia,
Consulado do Vazio, poema este que inspirou peça teatral de um grupo luandense,
que julgo tê-lo achado no blog Angodebates (nunca houve da parte deles a
honestidade de fazer uma simples notificação ao autor). Volvidos onze anos, o
patrão actual anunciou um concurso de artes, onde arrisquei com uma fotografia
e um poema, os quais deviam ser construídos sobre determinadas palavras, cerca
de seis, sem descurar das dimensões estética e social. Veio depois um e-mail
corporativo com a indicação do primeiro lugar ao poema inédito de "sua
excelência eu". Perdi na fotografia. Quer dizer, Onze anos depois, outro
poema nosso é distinguido. Há todavia uma diferença, é que desta vez não
procurei saber o tipo nem o valor do prémio, que chega dentro de dias. O patrão
é que sabe, muito mais agora que se ficou a saber do que a pessoa sabe.
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