Até há pouco menos de 15 anos, ainda se via nas
principais cidades do litoral de Benguela o saudável "assalto" à meia-noite
com cantares a batucadas improvisadas, jornada que se prolongava até ao final
do dia.
O Natal, ainda mais o Ano Novo, faziam renascer o reencontro,
a reafirmação da socialização e indirectamente a capacitação para a vida do
ponto de vista antropológico, havendo a realçar a casa com...o ponto de partida
da partilha.
"Twapandula ciwa/ weh/ etali ulima wapwa" (Estamos bem agradecidos/ eh/ hoje termina o ano)
- trecho de gratidão no contexto de "se-se", um ritual popular
Umbundu (com escalões de crianças, de homens e de mulheres), que consiste em
andar de porta à porta cantando e dançando em celebração da passagem de ano. O
anfitrião corresponde regalando bens alimentares, os quais serão consumidos em
piquenique no dia seguinte.
Quando o coro é respondido com avareza, a sanção é por via do canto também:
Quando o coro é respondido com avareza, a sanção é por via do canto também:
"Ove
ku kwete cimwe/ weh/ nye watungila onjo?" (Se dizes nada ter, por
que é que construíste a casa?)
"Ha njala ko/ tucipangela onatale/ ha njala ko/ tucipangela ombowanu (não é questão de fome/ cumprimos apenas a praxe de natal/ não é questão de fome/ cumprimos apenas a praxe de bom ano).
Gociante Patissa, vo Mbaka
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