O
director provincial da Cultura de Benguela, Mário João Kajibanga, considerou na
terça-feira gratificante a publicação dos “11 Clássicos da Literatura
Angolana”, por reunir obras de dois séculos, XIX e XX, a começar no período do
lançamento do primeiro livro em Angola, “Espontaneidades da Minha Alma”, do
benguelense José da Silva Maia Ferreira.
Mário João Kajibanga fez estas declarações no acto de entrega
simbólica, à província de Benguela, dos “11 Clássicos da Literatura Angolana”,
que decorreu na Mediateca local.
A entrega foi feita pelo crítico e professor universitário Jomo Fortunato, um dos representantes do Gabinete de Revitalização e Execução da Comunicação Institucional e Marketing da Administração (GRECIMA), que se ocupou da elaboração dos critérios de selecção das obras.
A entrega foi feita pelo crítico e professor universitário Jomo Fortunato, um dos representantes do Gabinete de Revitalização e Execução da Comunicação Institucional e Marketing da Administração (GRECIMA), que se ocupou da elaboração dos critérios de selecção das obras.
Para o director da Cultura, o facto de os 11 Clássicos reunirem
obras de diferentes gerações vai permitir aos leitores fazer comparações
linguísticas para analisar a evolução do português no país, o que, em sua
opinião, se torna “uma oportunidade sublime”.
Divaldo Martins, também do GRECIMA, procedeu à apresentação do
programa para o Fomento do Livro e da Leitura, e da Bolsa Literária, que visa
publicar novos autores, cujas obras devem ser entregues às direcções
provinciais da Cultura. Este fundo da Bolsa Literária, acrescentou Mário
Kajibanga, serve para dizermos aos jovens que existem muitas coisas para serem
escritas e referiu a guerra que, de forma poética ou em romance, pode ser
tratada como “um mal da nossa História, e que de facto nunca mais regresse à
nossa terra”. Leonardo Pedro, director da Mediateca de Benguela, disse ser
motivo de satisfação a apresentação dos “11 Clássicos da Literatura Angolana”
na instituição que dirige, por estar voltada para a pesquisa e divulgação do
conhecimento. A Mediateca de Benguela, referiu, recebe em média 350 a 400 visitantes que vão
ter à disposição os 11 Clássicos.
O escritor Gociante Patissa, membro da União dos Escritores
Angolanos e residente em Benguela, ao referir-se ao simbolismo do acto,
considerou o programa do GRECIMA um novo processo de valorização das obras de
autores nacionais e louvou a iniciativa de publicação de novos autores com a
Bolsa Literária. “Vale muito mais o programa de continuidade da publicação de
clássicos, do que o acto de lançamento das referidas obras”, acrescentou o
escritor benguelense.
Além de estarem disponíveis na Mediateca de Benguela, os 11
Clássicos estão à venda na livraria Texto Editores, sendo o conjunto vendido a
2.500 kwanzas.
Texto e foto: Francisco Pedro, Benguela 28.11.13
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