Ouvi há dias o novo administrador municipal do Lobito, Alberto Ngongo, anunciar a plenos pulmões que o combate à poluição sonora será uma das preocupações do seu reinado, pelo que conta com a colaboração das estruturas ao nível das administrações comunais e de zona. Estou para ver como isso será alcançado, sobretudo por recear que não haverá força humana em número suficiente para fiscalizar no terreno os maus hábitos que grassam na nossa sociedade, com maior incidência nos bairros periféricos onde, pior do que suportar os milhares de decibéis da casa ao lado quase que diariamente, é ainda a mentalidade da denúncia como elemento do exercício da cidadania ser previsivelmente mal encarada. De qualquer modo, já não seria mau que a administração municipal de Benguela, encabeçada por Leopoldo Muhongo, meu antigo professor do curso básico de jornalismo, lhe imitasse na adopção do combate à poluição sonora. Que me desculpem os mais antigos moradores, mas ultimamente o bairro do Quioxe, cá em Benguela, roça o insuportável. À excepção dos aniversários (que já parecem dar-se numa periodicidade diária), há sempre quem imponha o som até muitas altas horas. Silêncio? É o que parece tomar conta das autoridades, nada de patrulhar. Oh, se ao menos tivéssemos um número suficiente de especialistas em otorrinolaringologia...
Gociante Patissa, 09.08.15
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