Jornalista e membro da União
Dos Escritores Angolanos, Isaquiel
Cori tinha 35 anos (2003)
quando publicou este livro, exactamente a mesma idade que eu tinha (volvidos 11
anos) quando publiquei o livro de contos FÁTUSSENGÓLA, O HOMEM DO RÁDIO QUE
ESPALHAVA DÚVIDAS (2014), em relação ao qual ele fez uma agradável recensão crítica
via Jornal Cultura. Foi precisamente por esta coincidência de idade cronológica
que decidi comprar o exemplar do seu livro O ÚLTIMO FEITICEIRO, para perceber que inquietações o moviam. E foi realmente bom ler a
sua abordagem de temas estruturantes como o pós-guerra e a sempre complexa
questão da reintegração social e a consequente degeneração de bons costumes.
Valiosa ainda é a preocupação de trazer para o papel a questão do poder
sobrenatural, não pela óptica maniqueísta que rotula a "magia negra",
mas por uma visão exógena da tradição africana Bantu, retratando cenas e
debatendo o assunto por via dos personagens, não cedendo à tentação do
exotismo. Por tudo isto, recomendo o livro, que só custa 650 Kz na livraria Chá
de Caxinde, Mutamba, em Luanda. Boa leitura
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
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» Sugerindo leituras| O ÚLTIMO FEITICEIRO, de Isaquiel Cori
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