Era filósofo.
A barba hirsuta, glauca.
Nem Setembro nas mãos.
Ou flor bela nos lábios.
O Amor - uma invenção;
Ausentes sentidos sábios.
Do mar o som perdido
Das nuvens o capricho ledo
Da natureza esquecido.
Apenas
a agreste, impossível,
abstracta ao Sol destes Verões
e estranha, a barba glauca!
Era pintor e solitário
Filosófo da beira-mar
Oh! Maldito pesadelo!
A barba hirsuta, glauca.
Nem Setembro nas mãos.
Ou flor bela nos lábios.
O Amor - uma invenção;
Ausentes sentidos sábios.
Do mar o som perdido
Das nuvens o capricho ledo
Da natureza esquecido.
Apenas
a agreste, impossível,
abstracta ao Sol destes Verões
e estranha, a barba glauca!
Era pintor e solitário
Filosófo da beira-mar
Oh! Maldito pesadelo!
António Jacinto, poema datado de 14.6.68, in "Sobreviver em Tarrafal de Santiago", pág. 91. União dos Escritores Angolanos, 2013. Colecção 11 Clássicos da Literatura Angolana, 1ª edição. Luanda
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