Meu grande sonho, desde que se revelou a aptidão para a escrita, era passar por uma livraria e ver livro com meu nome na vitrina. Foram precisos 12 anos até isso acontecer. Seguiram-se outras conquistas (algumas, confesso, dependeram muito mais de eu ter sido achado do que da minha pró-acção). Hoje, o meu maior sonho é ser entrevistado por alguém que tenha já lido o livro que representa objecto da conversa. É que, tendo passado por incontável número de entrevistas nos mais diversos órgãos de comunicação social, continua a registar-se de forma recorrente a mais difícil das perguntas que um escritor tem de enfrentar, quanto mais não seja porque há sempre a preocupação de disponibilizar à imprensa um exemplar de cada livro por publicar. A pergunta que realmente me desconcerta (levantada muitas vezes por quem está com o livro há mais de uma semana) é: "Qual é o título do livro?"
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