Carlos Pedro (esq.), Nok Nogueira, Manuel Ventura e G. Patissa, durante a preparação desta participação a convite do Ministério da Juventude e Desportos |
Organização (Org): Você já conhece o Brasil? O que está achando do evento ser realizado em nosso país?
Gociante Patissa (GP): Não, ainda não conheço o Brasil.
Org: Qual a expectativa em relação ao encontro?
GP: A expectativa é essencialmente o intercâmbio com outros escritores, livreiros e demais agentes do sector, quanto aos mecanismos de circulação do livro em comunidades de expressão portuguesa, o processo de obtenção do livro e a nova geração de autores, tendo em conta as complexidades/regras de mercado (editoras-academia-imprensa), vantagens e desvantagens do uso das novas tecnologias de informação no aperfeiçoamento da escrita e do hábito/gosto de leitura. Num outro prisma, almejo trocar experiências sobre o papel de escritores jovens na recolha, tratamento e divulgação da tradição oral das suas comunidades.
Org: O teu projecto foi um dos seleccionados pela Comissão. Isso trará alguma mudança importante na tua relação com a cultura?
GP: Penso que sim, no sentido de que só temos a ganhar quando expomos nossas experiências ao contacto de outros povos com elementos comuns, de modo a encontrar, quem sabe, soluções práticas para o nosso modo de pensar e fazer a arte.
Org: Você acha que o incentivo a eventos como este e outros investimentos em cultura podem mudar a realidade da juventude?
GP: Sim, mas não só. Defino-me como ecléctico, e como tal, penso que a consistência da nossa cultura geral, tão relevante para o artista, é o somatório dos inputs que adquirimos de várias fontes. Interagir é extremamente importante, mas por si só nada resolve, se no espaço individual não nos esforçamos a produzir, a ler e a perceber os fenómenos à nossa volta.
0 Deixe o seu comentário:
Enviar um comentário