domingo, 1 de dezembro de 2013

Delegação angolana chegou ontem (30/11) a Salvador da Bahia, Brasil, para a 6ª Bienal dos Jovens Criadores da CPLP, a decorrer de 3 a 7 de Dezembro com o tema “Política de Juventude e Cultura Livre”. Angola traz literatura, música, dança, moda, artes plásticas, fotografia, documentário televisivo, entre outros atractivos.

Carlos Pedro (esq.), Nok Nogueira, Manuel Ventura e
 G. Patissa, durante a preparação desta participação a
convite do Ministério da Juventude e Desportos
Organização (Org): Você já conhece o Brasil? O que está achando do evento ser realizado em nosso país?

Gociante Patissa (GP): Não, ainda não conheço o Brasil.

Org: Qual a expectativa em relação ao encontro?

GP: A expectativa é essencialmente o intercâmbio com outros escritores, livreiros e demais agentes do sector, quanto aos mecanismos de circulação do livro em comunidades de expressão portuguesa, o processo de obtenção do livro e a nova geração de autores, tendo em conta as complexidades/regras de mercado (editoras-academia-imprensa), vantagens e desvantagens do uso das novas tecnologias de informação no aperfeiçoamento da escrita e do hábito/gosto de leitura. Num outro prisma, almejo trocar experiências sobre o papel de escritores jovens na recolha, tratamento e divulgação da tradição oral das suas comunidades.

Org: O teu projecto foi um dos seleccionados pela Comissão. Isso trará alguma mudança importante na tua relação com a cultura?

GP: Penso que sim, no sentido de que só temos a ganhar quando expomos nossas experiências ao contacto de outros povos com elementos comuns, de modo a encontrar, quem sabe, soluções práticas para o nosso modo de pensar e fazer a arte.

Org: Você acha que o incentivo a eventos como este e  outros investimentos em cultura podem mudar a realidade da juventude?

GP: Sim, mas não só. Defino-me como ecléctico, e como tal, penso que a consistência da nossa cultura geral, tão relevante para o artista, é o somatório dos inputs que adquirimos de várias fontes. Interagir é extremamente importante, mas por si só nada resolve, se no espaço individual não nos esforçamos a produzir, a ler e a perceber os fenómenos à nossa volta.

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