S. Peres e escolta. |
Abriu
as portas ao público a 26ª edição da Feira Internacional do Livro em Jerusalém,
capital de Israel, aproximando editores, escritores e livreiros de 14 países da
África, Europa, Ásia e América. Angola, Brasil e Portugal partilham o pavilhão da
comunidade de falantes da língua portuguesa.
No
discurso de abertura, o chefe de estado israelita e Prémio Nobel da Paz, Shimon
Peres, destacou a aspiração de fazer de Jerusalém “a capital do livro”, ao que
associou a relevância da “paz no coração de cada um”. Em boa forma física, o
octogenário usou do bom humor para a advertência que se impõe quanto ao cultivo
do hábito de leitura. “Na era do facebook, ainda se podem ler livros em
Jerusalém”, referiu.
Instituída
em 1963, a Feira Internacional do Livro em Jerusalém tem periodicidade bienal,
sendo que cada ocasião premeia um escritor cuja obra “expresse a ideia de liberdade do
indivíduo na sociedade”. Na presente edição, coube o galardão ao espanhol Antonio
Muñoz Colina, 57 anos. Colina sublinhou que “a literatura não é produzir
conteúdos”, pois “contar histórias não é senão um meio de nos mantermos vivos”.
A. Colina |
Avaliado
em dez mil dólares americanos, o prémio consagrou também Bertrand Russel
(1963), V.S. Naipaul (1983), Mario Vargas Llosa (1995) e António Lobo Antunes
(2005), para não nos alongarmos na lista.
A
Feira Internacional do Livro em Jerusalém decorre até à próxima sexta-feira,
15/02. No pavilhão da língua portuguesa, o espaço será ainda animado com a presença
dos escritores José Luis Peixoto e Lídia
Jorge (Portugal), Frederico Ningi e E. Bonavena (Angola), entre outros.
Gociante
Patissa, Jerusalém 10 Fevereiro 2013.
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