G. Patissa e a Secretária de Cultura do Estado da Bahia, Arany Santana |
Decorre
desde quarta-feira, 08 de Agosto, a “FLIPELÔ”, Festa Literária do Pelourinho,
que nesta segunda edição inscreve uma tertúlia com Angola, representada pelo
escritor benguelense Gociante Patissa, convidado palestrante internacional para
a mesa de debate intitulada “Conversa
com o autor, Com os Pés na África”. Acontece às 20 horas do Brasil (24
de Angola) no Teatro SESC-SNAC Pelourinho com a participação do jornalista e
autor Sérgio Túlio Caldas e mediação de Zulu Araújo, Coordenador da Fundação
Pedro Calmon. Amanhã, o autor terá outra mesa-redonda na casa do Olodum, a
banda de Samba conhecida mundialmente por ter acolhido Michael Jackson.
Gociante
Patissa desembarcou na cidade de Salvador ao meio-dia de quinta-feira, 09 de
Agosto, e mal teve tempo para descansar, tal é a intensidade da agenda e o envolvente
clima festivo da Flipelô. A primeira paragem oficial foi na Secretária de Cultura
do Estado da Bahia onde foi recebido em audiência pela titular do pelouro,
Arany Santana.
No
encontro de boas-vindas, o escritor ofereceu à Secretária de Cultura do Estado
da Bahia um exemplar do seu primeiro livro de contos, “A Última Ouvinte”,
editado pela União dos Escritores Angolanos em 2010, um exemplar da antologia “Angola
40 Anos – 40 Autores – 40 Contos”, publicada pela Mayamba no ano de 2015 para
comemorar o 40.º aniversário da Independência nacional, bem como um exemplar do
Jornal de Angola, diário oficial, edição de 7 de Agosto, que estampa na última
página a notícia do evento que o fez deslocar à Bahia. Em retribuição, Arany
Santana, proeminente activista da resistência do movimento negro, ofereceu um considerável
acervo bibliográfico sobre estudos da memória oral e etnográfica de alguns
segmentos excluídos.
G. Patissa e a senadora Lídce da Mata |
Seguidamente,
a fundação Pedro Calmon proporcionou um almoço de cortesia com a senadora federal
Lídice da Mata,
que em 1992 foi
eleita primeira prefeita da história da cidade de Salvador, e também a primeira
mulher em tal posto.
A
par de se desdobrar em contactos e intercâmbios com escritores e editores, visitou
ainda vários pontos de atracção, com destaque para a casa museu de Jorge Amado
e Zélia Gattai, dirigida por Ângela Fraga e Ticiano Martins, de quem partiu
afinal o sonho da Flipelô. Aliás, por estes dias, quem visita Salvador encontra
uma cidade que não tem horas para dormir, com uma pauta vibrante intercultural
que abarca a gastronomia, a dança, a capoeira, exposições, colóquios,
bibliotecas itinerantes, enfim, uma festa de invejar.
G. Patissa e Miriam Fraga |
Gociante
Patissa visita esta manhã o incontornável Centro Cultural Casa de Angola na
Bahia, dirigido pelo artista plástico e curador Benjamim Sabby, onde fará uma
doação simbólica de alguns livros seus e outros para reforçar a biblioteca. De
recordar que logo à noite no Teatro SESC-SNAC Pelourinho com a participação do
jornalista e autor Sérgio Túlio Caldas e mediação de Zulu Araújo, Coordenador
da Fundação Pedro Calmon.
Lenda das fotos: 1 e 2: Gociante Patissa e
Arany Santana; 3: com a senadora Lidce da Mata; 4: cartaz da tertúlia de 11/08
no Olodum
Reportagem:
Henrique Kalonga
Fotos
de Nana Carvalho
www.angodebates.blogspot.com
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