

Na realidade, a curiosidade de franquear, em efectivo labor, os corredores daquela grande e significativa estrutura na malha educativa, histórica e cultural teve também uma motivação afectiva. Recuando no tempo, cinco anos separam este regresso do angolano pela Flipelô do seu primeiro contacto com a infraestrutura da Biblioteca dos Barris, que fora o palco de artes performativas e de exposições no contexto da VI Bienal de Jovens Criadores da CPLP. Patissa integrou na ocasião a delegação multidisciplinar angolana seleccionada pelo Ministério da Juventude e Desportos.

Da parte da Fundação Pedro Calmon e em representação do seu Director Geral, Zulu Araújo, acompanhou o visitante a Coordenadora da Política de Leitura – DLL, Sra. Nana de Carvalho, na tarde de sexta-feira, 10 de Agosto de 2018.

O público de hoje já não é aquele de ver a
biblioteca como um espaço de tumular silêncio, pelo que há que tornar a
instituição em factor também de diversão e encontros, sem no entanto prejudicar
no essencial a sua vocação. É palco, cinema e ponto de encontro de jovens e não
só.

Nos pisos de cima encontramos a secção das raridades, no mesmo sector em que nos chamou a atenção a empreitada de digitalizar o acervo de modo a multiplicar o seu acesso. Outra componente aliciante é da produção de conteúdos e de pesquisa em audiovisuais. De louvar igualmente é a secção das pessoas com deficiência, numa biblioteca que habilita invisuais a dominarem o computador, a par do braille. Tecnologia também para ampliar a visão, cabines de som para quem precise de silêncio absoluto, enfim, um pouco de tudo.

Na hora de fecho fica a grande certeza: seria muito valioso estabelecer parceria e intercâmbio entre técnicos bibliotecários angolanos e os daquele monstro brasileiro.
A captação das imagens contou com o prestimoso apoio e talento de Nana Carvalho. www.angodebates.blogspot.com
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