Pela segunda vez, sua excelência eu vive a
emoção de missão cumprida, na sua faceta de escriba. É o segundo desafio que me
é colocado para criar com base na história de uma mulher. O conto está pronto e
eu próprio estou satisfeito com resultado. Tem quatro páginas A4 e intitula-se
«NÃO LAVEI PORQUE OS FIOS TÃO OCUPADOS», construído com base na relação entre
uma jovem patroa e a sua empregada doméstica, assente no realismo
social, um toque de drama/comédia também. A primeira experiência foi com A ALMA
GÉMEA DO MAR, inserta no livro FÁTUSSENGÓLA, O HOMEM DO RÁDIO QUE ESPALHAVA
DÚVIDAS (2014). Agora é este conto com o qual penso "aborrecer" os
editores com o pedido de o inserir no O MOÇO QUE PLANTAVA AVES, que tem já a
edição em curso simultaneamente no Brasil (pela PENALUX, dos notáveis Wilson Gorj e Tonho França) e em Angola (pela EDITORA ACÁCIA,
ligada ao Movimento Lev'arte, cujo contacto é o não menos notável Kiocamba Cassua Cassua). Confesso que tenho
este defeito de nunca parar de aprimorar os textos, mesmo depois de aprovados,
o que imagino não ser confortável para quem tem de ir fazendo actualizações ao
miolo. Voltando ao exercício oficinal que parte da "encomenda",
normalmente os relatos verdadeiros são curtos e servem apenas de trampolim para
dar azo à imaginação. A grande dificuldade mesmo é pôr-se na pele de mulher,
vestir-lhe as emoções, as dores, as alterações hormonais de humor, o absorvente
menstrual, morar no outro lado das barreiras baseadas no género, enfim, aquela ubiquidade que nunca poderemos experimentar (enquanto masculinos). Ainda era só isso.
Obrigado
quinta-feira, 22 de junho de 2017
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» Divagações | Aquele conto que só surge quando o livro já vai adiantado no prelo
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