A imagem da criança assassinada por elementos das Forças Armadas Angolanas em Luanda é um importante recado para a humanização das medidas, quaisquer que sejam elas, no exercício da autoridade. O governo, enquanto gestor do Estado, deve formar, supervisionar e punir os seus agentes quando surgem excessos. O que se sabe é que o menor Rufino (que anda na 3.a classe do ensino primário? 14 anos?) foi baleado deliberadamente quando tentava travar a demolição do habitáculo dos pais num dos bairros emergentes de Luanda, que atende pelo nome de Walale. Definitivamente não há argumento nenhum razoável para justificar uma tal tragédia, a começar mesmo pela colossal desproporcionalidade. Excelências, é cada mais audível o coro de denúncias de violência na relação entre as camadas socialmente menos posicionadas e as forças da ordem. Desta vez voltou-se a ir longe demais. Há que humanizar! Há que legar cidadania. Há que ter presente que o fim nobre das políticas é melhorar as condições de vida do povo. "À criança, tudo o que ela merece", e não fui eu quem sabiamente o idealizou. Porque uma Angola que regula à ponta do fuzil, excelências, não beneficia ninguém. Assim, não!
Gociante Patissa. Benguela, 9 Agosto 2016
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