Com
o devido respeito à diferença de gostos, começo a suspeitar da verdadeira
agenda motivadora da imprensa cor-de-rosa angolana em impor tanto Titica na
classe do canto. Já não discutiria por exemplo se lhe enquadrassem na categoria
da dança. Será que de cultura geral os editores voam assim tão baixinho?
Também, numa sociedade que endeusa insólitos vocais como Nagrelha, Gasolines e
afins, enquanto verdadeiros astros e vultos minguam na sombra, nada mais devia
surpreender. Mas no caso Titica, figura que volta e meia impõem ao focinho da
sociedade como Diva sem ter conseguido uma única entoação genuína e digna de
realce, o melhor se calhar seria destrinçar quando é que a pauta é musical e
quando é que versa sobre a orientação sexual. E já acostumados a falar em nome
do povo angolano por tudo e por nada, li em tempos num portal também cor-de-rosa
uma referência ao facto de musicalmente gozar do carinho e admiração de todo o
país. Da mesma geração há nomes com potencial vocal de aplaudir ao primeiro
toque, como os casos de Edmásia e Puto Português, para só citar estes. O pior é
que de tanto que se repete, qualquer dia Titica passa a acreditar na mentira de
ser um diamante na arte de cantar. É que é muito holofote junto para tão pouca
melodia.
Gociante Patissa. Benguela, 24 Agosto 2016
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