Voltei da repartição com a sensação de se ter perdido um pouco de graça na relação que me ligava àquela rua. O que se passa é que fui em mais uma tentativa para ver se estava pronto o título de propriedade do meu carro actual. É sempre assim, promete-se a emissão do documento para 40 dias, mas aquilo leva mais de 6 meses. Esse intervalo passa a representar uma espécie de vivência, na rotineira ida para o averbamento do papel provisório, nos desabafos comedidos e previsíveis pela demora e, com isso, os apelos do funcionário da conservatória de registos automóveis à paciência. Acontece que ontem, lá posto, encontrei, infelizmente, o título pronto. Fim do ciclo. Agora, aonde mais irei para reclamar, desabafar, o que na verdade é um pretexto também para assinalar nossa vivência em sociedade? Não será o excesso de burocracia um fenómeno social que é já parte da nossa graça? Hahaha Bom dia e boas burocracias. Gociante Patissa
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