Quando um órgão de comunicação social, no caso britânico, apresenta, a pretexto de investigação, uma reportagem reinventando "first hands" na saga de torturas alegadamente praticadas por Ghadaffi, na Líbia, desta vez sobre violação sexual de menores, facilmente chegamos à triste conclusão de que o jornalismo vai cada vez mais à falência. O altruísmo filosófico da profissão anda há muito engolido pelo interesse dos poderes político e económico, que se confundem ultimamente um com o outro. A pergunta de retórica seria: o ocidente, com a Inglaterra na frente da poça chamada NATO, já esclareceu as circunstâncias da morte daquele prisioneiro de guerra, ou será este um jeito subtil de preparar a opinião pública no sentido de considerar o assassinato como justiça feita? Enfim, como, no jornalismo, o valor da notícia é associado ao interesse público, se calhar é ainda a versão exótica de África que interessa ao público em terras da rainha. Such a shame!
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