Depois de desistir um bom número de vezes, acabei lendo até ao fim "A Metamorfose" de Franz Kafka. Não sendo crítico literário, geralmente leio na base do gosto, da atracção inicial pelo que me chega, ou seja, guio-me pela sensibilidade. E a metamorfose não preenchia nenhum desses vazios. De tal sorte que não marquei sequer a data da compra no livro, naquele tradicional traço de tinta à mão dizendo "propriedade de..., Benguela aos..." Mas como não se chega a escritor sem ler os clássicos (risos), acabei resistindo à minha própria resistência de leitor. Uma coisa é certa, o narrador é forte no que ao rítmo diz respeito, o que facilita sobremaneira o leitor. Julgo não ser muito difícil pegar uma versão PDF por esta vasta Internet. Partilho uma resenha que achei neste Blogue http://gsobota.blogspot.com/2009/05/cultural-metamorfose-franz-kafka.html
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Dos três livros que li de Kafka, "A Metamorfose", O Processo" e "O Castelo", o de mais agradável leitura foi "A Metamorfose" e o mais aborrecido foi "O Processo".
Kafka é um escritor bastante difícil, está nos antípodas da literatura light, mas dá muito "alimento" para o nosso pensamento. Mostra-nos as complexidades, as subtiliezas e os absurdos da sociedade da Europa central do seu tempo (ele era judeu checo e súbdito do Império Austro-Húngaro) sem cair em simplismos nem em facilitismos.
As nossas sociedades deste século XXI e, sem dúvida, as de todos os tempos têm muito de kafkiano. Acho, por isso, que vale a pena ler Kafka, mesmo que ele nem sempre seja agradável de ler, porque enriquece muito a nossa perceção das relações humanas e sociais.
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