Texto da Angop 14-08-2012 - Luanda- O Ministério da Cultura (Mincult), através do Instituto Nacional das Indústrias Culturais (INIC), anunciou hoje, em Luanda, não haver vencedor do Prémio Literário António Jacinto, edição 2012.
Em nota de imprensa enviada hoje à Angop, a instituição avança que o júri presidido pelo escritor Abreu Paxe, considera não haver, entre as obras concorrentes, qualidade para arrecadarem o galardão.
“Apesar dos vários trabalhos sem condições, o corpo de jurado atribui ao escritor Marigan, pseudónimo literário de Manuel Adriano Paulo, a menção honrosa do prémio ao seu livro “O corcunda nú”, lê-se na nota.
O júri do prémio foi ainda constituído pelos escritores João Tala e Óscar Guimarães.
O prémio foi instituído em 1993 em homenagem ao poeta António Jacinto, com o patrocínio do Banco de Poupança e Crédito (BPC).
Desde a sua criação, o concurso já atribuiu 13 prémios e sete menções honrosas, sendo 13 em poesia e sete em prosa.
O vencedor do prémio recebe em kwanzas o equivalente a cinco mil dólares, um diploma e a sua obra é publicada pelo INIC.
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Pode ser também ainda apelo a uma necessidade de maior divulgação e, quiçá, mais fé nos concursos e respectivos bastidores. De qualquer modo, o nível de algumas criações que, nós jovens, vimos publicitando, sobretudo no género poesia, é revelador de muitas debilidades, que vão desde o domínio da língua a uma relativamente fraca cultura geral.
Precisamos, com urgência, de rever as atitudes opostas e ao mesmo tempo concordantes no efeito negativo: por um lado a imprensa que confunde, na divulgação, literatura com espectáculo; por outro lado, uma mentalidade paternalista e (por que não) certo "compadrio" na avaliação das obras/autores. Assim deixamos de ter escritores cujo valor dependa da imprensa e dos amigos
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