sábado, 4 de janeiro de 2014

Ainda sobre o enquadramento do 4 de Janeiro...

Gostei do trabalho jornalístico feito pela Rádio Benguela (que pecou apenas por não nos dar a ouvir vozes a favor do regime colonial, de tanto que sabemos que as há). No todo, foi valioso ouvir o professor Brechet Cativa, que a partir do Cubal falou do mote da revolta popular contra o que considerou de "algodocracia", para se referir à obrigação das autoridades coloniais no sentido de toda a população cultivar apenas algodão, abdicando inclusive da sua necessidade de sobrevivência/agricultura. O rendimento, disse o professor, não passava de 30 USD. Por seu turno, o historiador Tuca Manuel deu a entender que Portugal não passava de objecto das potências imperialistas, na medida em que o armamento com que bombardeou os indígenas (os mártires da repressão colonial) só foi possível de obter graças ao estatuto de membro da Nato. Ou seja, havia grandes potências na ocupação e exploração colonial.
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Fernando Ribeiro disse...

Não é nada claro que os massacres da Baixa de Cassanje tenham sido feitos com armamento fornecido pela Nato. Confesso que não estou dentro do assunto, mas seria capaz de apostar que não foram.

A Nato proibiu ao Portugal de Salazar e de Caetano que utilizasse o armamento que lhe fornecia nas guerras feitas nas suas colónias. A Nato exigia que esse armamento fosse unicamente utilizado na própria área de influência da Aliança, que naquele tempo abrangia o Atlântico Norte, a Europa e a América do Norte. Nunca em África.

As espingardas G3, por exemplo, que o exército português utilizou maciçamente contra os movimentos de libertação das colónias, eram totalmente fabricadas em Lisboa. Não eram fornecidas pela Nato.

Isto compreende-se facilmente, se nos lembrarmos que os Estados Unidos apoiavam a UPA/FNLA e havia outros membros da Nato, como a Noruega, que eram extremamente críticos da política colonial portuguesa.

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