Quando um dia a lei da poluição sonora se fizer valer, mais do que punir, quem de esquerdo terá um trabalho muito básico a fazer e pedagógico com as igrejas: ensinar que quando quisermos gritar, melhor mesmo é nos certificarmos de que o microfone está desligado. Ou aquela coisa em desuso da equalização da mesa misturadora. É cada vez mais difícil suportar tantos decibéis. A amplificação está a desvirtuar a natureza das coisas e, em termos de tendências, parece que o crescimento das igrejas conta a partir do momento em que se adquire uma imponente aparelhagem de som. Neste quesito, o interior do templo já não fica atrás relativamente ao volume do som de eventos festivos ditos mundanos. Vai-se perdendo aquele ambiente de harmonia. A continuar como está, daqui a duas décadas não sobrarão ouvidos saudáveis para aguardar pela tão ansiada trompete a anunciar o reresso d'Ele. Não é por ser palavra de adoração que abusamos do volume e os nossos tímpanos sairão ilesos. Parafraseando o meu pai, é preciso que os meios comuniquem connosco, não que nos ralhem. Ainda era só isso, obrigado.
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