quinta-feira, 30 de junho de 2016
Através do seu canal no Youtube intitulado "Daniela / Bibliotecária Leitora", a académica brasileira Daniela Vieira apresenta o menu dos livros que recebe/lê para fins de resenha. E neste vídeo publicado hoje (aproxim. 5min52seg) ela faz referência elogiosa ao meu livro de poesia «ALMAS DE PORCELANA», que está a ser lançado e distribuído no Brasil sob iniciativa da editora Penalux, dos ilustres Wilson Gorj e Tonho França. Fiquei a saber do vídeo pela amiga Cristina Galhardo Amado, que considera "breve menção, mas significativa". Obrigado
(arquivo) Citação
"Eu
falei no meu filho: se esforça! Você é homem e és burro. Assim vais sustentar
como uma mulher? Nós mulheres ainda vá lá; você pode ser burra, mas o homem te
sente lá pena, vai-te sustentar." (De uma senhora para a sua colega
enquanto caminhavam de noite para a escola, Benguela, 30.06.15)
quarta-feira, 29 de junho de 2016
Encontro com estudantes do Instituto Médio Industrial de Benguela, 27.06.2016
Num contexto em que os adultos passam a
ter cada vez menos autoridade moral para estarem (no papel de modelos) diante de novas gerações para passar valores, exemplos e ideais, foi pois com certa ambivalência que aceitei o convite/desafio do Programa SABER MAIS, da Cooperação Portuguesa ligada ao Instituto Camões para o Apoio ao Reforço do Ensino o Secundário em Angola em parceria entre o Ministério angolano da Educação. Fui ao Instituto Médio Industrial de Benguela no dia 27 de Junho 2016 falar da minha trajectória de escritor, de cidadão, de patriota e, fundamentalmente, alguém preocupado com a necessidade de a escola preparar alunos para a vida, que é algo muito mais alargado do que a reprodução do conhecimento e tirar boas notas. Havia pelo menos mais de cem participantes, incluindo alguns professores, numa sessão de aproximadamente uma hora. Voltei a questionar o papel dos conselhos científicos, mormente no campo dos trabalhos de fim de curso, que como se sabe estão fadados a ganhar pó nas prateleiras,
terça-feira, 28 de junho de 2016
Partilhando leituras | “A INVESTIGAÇÃO A PARTIR DE HISTÓRIAS: UM MANUAL PARA JORNALISTAS INVESTIGATIVOS” (edição da UNESCO, 2013)
"O jornalismo
investigativo envolve expor ao público questões que estão ocultas – seja
deliberadamente por alguém em uma posição de poder, ou acidentalmente, por trás
de uma massa desconexa de fatos e circunstâncias que obscurecem a entendimento.
Ele requer o uso tanto de fontes e documentos secretos quanto divulgados."
segunda-feira, 27 de junho de 2016
Divagações
Ao ouvir neste momento em directo via Rádio Nacional a conferência de imprensa da Polícia Nacional sobre os resultados do inquérito à volta do ataque no dia 25 de Maio último a uma delegação parlamentar do partido Unita na localidade de Kapupa, município do Cubal, província de Benguela, de que resultaram três mortes e vários feridos graves (entre civis e polícias)... Ora bem, entre as conveniências retóricas e todas as zonas cinzentas, com tudo a pender para as vítimas serem as culpadas, já só duas certezas prevalecem: uma é que voltaram a morrer angolanos sem para já haver efectivamente alguém a quem responsabilizar judicialmente; a outra certeza é que as lideranças políticas fazem muito pouco em termos de exemplo para combater a intolerância política no meio rural. É uma vergonha que as rivalidades e a apetência para o crescimento do número de militantes nos partidos políticos tenham mais valor que a vida humana e a necessária união entre angolanos!
sábado, 25 de junho de 2016
Poemário «Almas de Porcelana» na imprensa especializada brasileira | POESIA DE GOCIANTE PATISSA É DESTAQUE NO PORTAL CRONÓPIOS | Resenha de Vivian de Moraes ao livro editado pela Penalux, dos ilustres Wilson Gorj e Tonho França
Gociante Patissa é um poeta experimentado.
Depois de oito livros lançados em seu país de origem, Angola, e também em
Portugal, ele chega ao público brasileiro — com uma edição que compila seus
principais conjuntos de poemas — pelas mãos da Editora Penalux.
O livro brasileiro é Almas de
Porcelana (2016), o que já
revela o quanto tem de forte (uma alma não se finda, segundo as religiões) e
delicado (porcelana). Um ser que se vê no papel de poeta enfurecido pelos males
que assolam seu país – Gociante nasceu em 1978, três anos depois da
independência do jugo colonial português, mas a libertação viria a ser seguida
por três décadas de guerra civil entre angolanos, findas somente em 2002 – ,
além de se constituir um autor que resgata a beleza estética no que é feio ou
grotesco, ou simplesmente errado, como no poema África mãe Zungueira:
Esta que se aproxima
carrega uma criança às costas
outra no ventre
uma nuvem húmida rasga-lhe a blusa
lembrando que é hora de parar e amamentar
e lá vai ela seguindo o itinerário que a barriga traçar
gestora de um ovário condenado a não parar
porque é património social
penhora o útero na luta contra a taxa de mortalidade
[…]
Utilidade pública | Uma porta para a promoção de música de matriz tradicional através da rádio
Leva-se ao conhecimento de possíveis fazedores
de música genericamente conhecida como tradicional e que procurem a promoção
das mesmas o seguinte: (1) Sua excelência eu colabora (a título voluntário e
não remunerado) com um programa do Canal A da Rádio Nacional de Angola,
programa este emitido aos sábado a partir das 18 horas, com reposição à madrugada
de domingo, de Luanda para todo o país. Há três décadas no ar, este programa da RNA tem
como vocação a recolha da tradição oral e etnomusical de Angola; (2) O meu
poder do colaborador limita-se a recolher, elaborar uma pequena sinopse, caso o
conteúdo esteja numa das línguas que domino, e posteriormente remeter o
conteúdo à realização do programa, a quem cabe a decisão final de divulgar (ou
não) mediante a sua qualidade. Por exemplo, este mês de Junho promovemos na
região sul dois artistas, o Kupeletela (do Bocoio, Benguela) e Morais Camambala (do Huambo
e radicado na África do Sul); (3) Sua excelência eu não cobra rigorosamente
nada, nem se devia nunca cobrar, mas também não garante pagamento de direitos
de emissão. Em caso de interesse, o e-mail para remeterem as músicas em formato
Mp3 é patissagociante@yahoo.com
Ainda
era só isso. Obrigado.
sexta-feira, 24 de junho de 2016
Divagações
Para quem à sexta-feira trabalhou até 21 e
poucos, um bom relaxe é acompanhar através da emissão em directo da Rádio
Benguela o concurso "Benguela Gentes e Músicas", que vai já na sua
sexta edição, depois de ter sido lançado em 2013 para descoberta de novos talentos
na música. Com o devido respeito aos organizadores e aos concorrentes, agora
que entra em palco o oitavo cantor, tenho a forte convicção que a presente
edição está muito abaixo das que a antecederam (nas quais vibramos com Frederico Tiago, Adriana Carvalho, Neusa Linda
Sessa, entre outros, que levavam a plateia a prognosticar com
elevada margem de certeza o vencedor de cada edição). Estou a falar mesmo do
ponto de vista do desempenho dos concorrentes (desenvoltura, potencial vocal,
harmonia, emoção). À parte os temas cantados em kimbundu que não domino, o
conteúdo também parece estar esteticamente não tão extraordinário, quer em português quer em umbundu, excepto um
tema da autoria de Paulo Flores. Por mim, ninguém levaria o prémio.
Gociante Patissa, Benguela 24.06.2016
(arquivo) Cenários
É uma hospedaria com condições de conforto pela
mediana, apenas fora do seu tempo e meio, talvez. Lembra o mamão, espaçoso e
terno por dentro, nulo por fora. Descampado e falidas pretensões de obra ao
redor, escuridão e capim. A calçada, impecável esteira de betão, pode dar para
tudo... e a agenda noticiosa é já ali. Mas há que ressaltar a postura a século
vinte e dois da casa, trata todo o hóspede por Doutor!
GP,
24.06.2014
quinta-feira, 23 de junho de 2016
(arquivo) Divagações | Grande David! Dos poucos e em vias de extinção
Recorri
ao ATM (ou terminal multicaixa) do aeroporto da Catumbela para dar de comer o
modem, dependente que andamos dessa coisa chamada Net. Meia hora depois, já a
passar a Damba-Maria (ou 27) em direcção a Benguela, dou pela ausência do
recibo da recarga. Na verdade, não me lembrava de ter visto mesmo o papel.
Acabava de perder quatro mil e quinhentos kwanzas, equivalentes a USD 45.
Aconselhado pelos colegas, fiz uma inversão de marcha. Lá postos, abordamos ao longe o David, vinte e
poucos anos, de natureza cordata, responsável pelo turno da empresa que tutela
o aeroporto. “O meu saldo!”, cobrou, um tanto brincalhão, um dos colegas. “De
quanto?”, replicou o David. “De quatro e meio”, completamos. “Ah, está aqui”, e
lá retirou-o do bolso. “Eu vi, quase falei com os colegas, mas como as pessoas
gostam de se aproveitar, decidi calar. Pensei assim: se o dono for alguém
daqui, vai voltar, e aí eu entrego”. Neste facebook dominado pela indignação
legítima diante da corrupção e má conduta, seria injusto não homenagearmos
gestos de honestidade, já que, multiplicados, dar-nos-iam certamente uma
sociedade melhor.
terça-feira, 21 de junho de 2016
Divagações
O debate na Tv Zimbo esta noite parece estar
animado. Estou impedido de o acompanhar, mas também não há dramas. Não ter o
sinal de televisão por parabólica no meu "habitáculo", é uma opção à
qual não pretendo para muito cedo alienar. Viro-me bem com um televisor de 2008
e os dois canais (com pouco risco de me viciarem). Pelas reacções que acompanho
neste momento no facebook, o meu "miúdo" MBangula
Katúmua está a sair-se bem na sua faceta de sociólogo, ramo no qual aliás
acumula primitivamente uma licenciatura, um mestrado, o exercício de professor
e, ainda mais, um doutoramento a caminho. Está a ser elogiado por resistir à
tentação do populismo e por fazer o óbvio: apresentar dados/fenómenos
observáveis, interpretá-los e apontar sugestões. Sei que vindo da minha parte,
de alguém que está constantemente exposto e a se expor, soa estranho o que
direi. Mas a verdade mesmo é que gostaria muito que as oportunidades, muito
seguidas ultimamente, no que respeita aos bastidores da produção mediática, não
estourassem tão cedo a imagem do rapaz. Força, Mbangula!
Diário | Os preços que pratica contribuem para a paz dos espíritos?
"Vamos tentar ser objectivos. Venho ter consigo uma conversa de homens..."
"Mas a senhora é uma senhora..."
"Isso não vem ao caso! Estou aqui como entidade. Como deve saber, estamos a ensaiar o modelo de comissões de moradores, já que as autarquias são um bicho de muitas cabeças, né? Pronto. A pessoa que lhe fala é a coordenadora."
"Seja bem-vinda à nossa unidade de produção..."
"Eu lhe chamaria antes unidade de preocupação..."
"Unidade de preocupação?! Peço desculpas, mas aqui a papelada está em dia, os impostos e tudo. Há algum ressentimento da vossa parte?"
"Nem ressentimento nem consentimento..."
"Então qual é o problema?"
"O problema é que o seu papel na diversidade e robustez da economia é questionável. Até as minhas entidades superiores já quase me consideram fonte insegura. Se cada mês que reporto, ou altera o valor ou altera o volume, né?..."
"Mas o mercado é dinâmico..."
"O caro empreendedor acho que os preços que pratica no pão, que até é bíblico, contribuem para a paz dos espíritos?"
"Mas eu não importo..."
"O senhor é mesmo atrevido! Pão, que é a primeira coisa que a pessoa come ao acordar, vai custar 40 kwanzas e ainda dizes que 'não me importo', ó senhor?"
"Eu disse que não importo farinha, a matéria-prima. Logo, tenho de vender de acordo com o mercado. O preço tinha que subir."
"E o tamanho baixar?! Não sei se já reparaste mas com este tamanho, eu meto na boca dois pães de uma vez só e ainda consigo falar à vontade. Tens a coragem de negar?"
www.angodebates.blogspot.com
Gociante Patissa. Benguela, 21 Junho 2016
segunda-feira, 20 de junho de 2016
(arquivo) CITAÇÃO
"O maior dos perigos do nosso tempo não é não haver respostas para os problemas; o maior perigo do nosso tempo é já não colocarmos as grandes perguntas" - Padre Anselmo Vieira, português, 71 anos, entrevistado pela RTP Internacional, 20 Junho 2014
domingo, 19 de junho de 2016
Diário | Quarteto de uma pessoa?
“Bem-vindos
ao concurso de dança tradicional. Está a ser um momento único de viajarmos
pelos municípios da nossa província através dos hábitos e costumes dos seus
povos. Já passaram quatro grupos, agora vem o quinto!”
“Boa noite, ilustre corpo de jurado.”
“Boa noiteee, amigo!!! Como estão? Usamos o plural porque a sinopse indica que teremos um quarteto. E os outros integrantes onde andam?”
“Por acaso é quarteto de uma pessoa só sobre a dança tradicional do Chongorói.”
“Quarteto de uma pessoa? Quer ajudar-nos a entender melhor?”
“É uma coreografia de quatro actos, só comigo.”
“Boa noiteee, amigo!!! Como estão? Usamos o plural porque a sinopse indica que teremos um quarteto. E os outros integrantes onde andam?”
“Por acaso é quarteto de uma pessoa só sobre a dança tradicional do Chongorói.”
“Quarteto de uma pessoa? Quer ajudar-nos a entender melhor?”
“É uma coreografia de quatro actos, só comigo.”
sábado, 18 de junho de 2016
Citação
"O actual bispo responsável da Rádio Ecclesia está a trabalhar 100 por cento para abrir..a primeira será aqui no Moxico.. além de ser bispo jornalista e lincenciado na matéria...fez contacto a nível do governo e parceiras internacionais para isso..." - do meu amigo e antigo formador Zeferino Passagem Passagem, hoje.
sexta-feira, 17 de junho de 2016
Circular
Por conveniência de serviço e usando das faculdades e universidades que não nos são conferidas nos termos da lei do desenrascar, levo ao conhecimento de todos que a ausência de cursos de mestrado em Benguela será severamente punida com o meu regresso às aulas para mais um ciclo de licenciatura, pois quatro anos à espera representam um imperdoável esbanjar de noites. Preparem-se para as consequências dos meus actos... neste caso nenhumas hahahaha
O regime colonial português, no meio de toda a imposição etnocêntrica que se lhe conhece, ainda tentou preservar alguma identidade dos indígenas na toponímia. Oficializou em 1770 a vila como sendo KATUMBELA, portanto era apenas uma questão de substituir o U pelo O para termos KATOMBELA. Aí veio a independência, tornámo-nos soberanos como país. E o que é que fizemos? Catumbelizamos a vila. Um preciosismo difícil de entender na linha de combater o K, W e Y, pelo simples facto de não existirem no alfabeto português. Definitivamente, é a consagração de uma toponímia sem memória.
quinta-feira, 16 de junho de 2016
Memórias do Médio Oriente | AQUANDO DA 26.ª EDIÇÃO DA FEIRA DO LIVRO DE JERUSALÉM
Retoque da foto tirada (originalmente pelo escritor Frederico Ningi) a 12.02.2013 na zona turística do Rio Jordão, fronteira entre Israel e Jordânia, onde segundo a história cristã Jesus Cristo foi baptizado
quarta-feira, 15 de junho de 2016
Diário | MESTRADO É QUE É O QUÊ, MAMÃ?!
"Mas ó meu filho, eu qualquer dia bebo veneno por tua causa. Assim também é muito demais!"
"Ó mãe! Deixa mais é de ser atrasada, pá! Em pleno século 21, as pessoas estão a investir em fórmulas de sucesso... Até quando esse teu olhar retrógrado?!"
"Uma mãe... depois de vender a herança de família e investir no mestrado do filho no estrangeiro, filho esse que com tudo pago não aceita... assim é que é retrograda?..."
"A mãe não vê notícias do mundo? Não acompanha a nova dinâmica global, né? É uma pena!"
"Ó meu filho, eu se tivesse a tua idade já me tinha enfiado no avião... até para a última aldeia do mundo.... Formação é tudo! Só quero o teu sucesso, meu filho, seres responsável de uma área... Peço desculpas se incomodo..."
"A mãe acha que eu também não quero subsair na vida?"
"Já não sei, meu filho..."
"Mãe, eu sei o que quero ser e sei bem a lição que me falta. Estou arrependido da preguiça que fiz no passado. Por isso, vou procurar o meu professor da primária. Preciso de explicações em gramática..."
"Mas isso faz algum sentido?! Então você sonha em ser um bom assessor, deputado e foge do mestrado já pago para ter explicações da primária?"
"O sucesso está em declarar antónimos. Mestrado é que é o quê, ó mamã?!"
www.angodebates.blogspot.com
Gociante Patissa. Benguela, 15 Junho 2016
"Ó mãe! Deixa mais é de ser atrasada, pá! Em pleno século 21, as pessoas estão a investir em fórmulas de sucesso... Até quando esse teu olhar retrógrado?!"
"Uma mãe... depois de vender a herança de família e investir no mestrado do filho no estrangeiro, filho esse que com tudo pago não aceita... assim é que é retrograda?..."
"A mãe não vê notícias do mundo? Não acompanha a nova dinâmica global, né? É uma pena!"
"Ó meu filho, eu se tivesse a tua idade já me tinha enfiado no avião... até para a última aldeia do mundo.... Formação é tudo! Só quero o teu sucesso, meu filho, seres responsável de uma área... Peço desculpas se incomodo..."
"A mãe acha que eu também não quero subsair na vida?"
"Já não sei, meu filho..."
"Mãe, eu sei o que quero ser e sei bem a lição que me falta. Estou arrependido da preguiça que fiz no passado. Por isso, vou procurar o meu professor da primária. Preciso de explicações em gramática..."
"Mas isso faz algum sentido?! Então você sonha em ser um bom assessor, deputado e foge do mestrado já pago para ter explicações da primária?"
"O sucesso está em declarar antónimos. Mestrado é que é o quê, ó mamã?!"
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Gociante Patissa. Benguela, 15 Junho 2016
terça-feira, 14 de junho de 2016
Promoção da literatura angolana com jornal em breve | UNIÃO DOS ESCRITORES ANGOLANOS "RESSUSCITA" GAZETA LAVRA & OFICINA
A União dos Escritores Angolanos (UEA) aposta no ressurgimento e remodelação da Gazeta "Lavra & Oficina", o seu veículo de informação, opinião e análise cultural que circulou até meados da década de 1990.
Em fase de esboço e sem ter por enquanto um corpo redactorial, a materialização do projecto conta com a colaboração dos membros da agremiação, aos quais já foi lançado o repto de enviarem artigos, recensões, poemas e prosa. Um repto que vem de um nome conhecido no segmento de comunicação cultural, o jornalista e escritor José Luís Mendonça.
A Gazeta "Lavra & Oficina" é a aposta da nova direcção da UEA, que tem no órgão executivo o escritor Carmo Neto, secretário-geral reconduzido para um terceiro mandato nas eleições deste primeiro semestre de 2016, pela lista A, com a presidência da mesa da assembleia a cargo do escritor Roderick Nehone.
Gociante Patissa, Benguela, 14 Junho 2016
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Diário | Género? É unisexo, não?
"Bom dia, bom dia! Como sempre, estendemos o nosso abraço morno aos caros ouvintes. Morno é sempre melhor, para evitar oscilar mediante as épocas de calor ou de cacimbo. Para entrevista trazemos alguém que se define como literata-maior. Bom dia, seja bem vindo!"
"Lei do sucesso na vida. O melhor locutor não é aquele que faz o programa, mas aquele que liga antes o microfone."
"Seria uma espécie de indirecta? O seu microfone até está ligado."
"Não, meu caro, é uma das lições importantes do livro que escrevi para a formação integral de locutores."
"Ah, o senhor literata-maior também entende de comunicação?"
"A literatura é um dom que tudo entende, caso ainda não saibas, meu caro."
"Já agora, o senhor escreve o quê?"
"Sou colunista, articulista, poeta, escritor, cronista, prosador, ensaísta, dramaturgo, romancista, enfim, tudo isso você encontra no meu livro."
"Essa parte do microfone... ainda como é que é mesmo?..."
"O melhor locutor não é aquele que faz o programa, mas aquele que liga antes o microfone."
"Isso! Como podemos enquadrar em termos de género?"
"É unisexo, não? Tanto dá para masculino como para feminino."
"Ah, ok. Que outras coisas de sua autoria gostaria de partilhar com os ouvintes?'
"A minha obra literária 'Lei do Sucesso Na Vida' é o livro mais esperado. Por exemplo, anota esta passagem: matar a sede é morrer, pois água é vida. A sede é que nos salva."
"Muito bem! Em quem é que você se inspira?"
"Eu só leio grandes escritores, tipo Agostinho Neto, Pepetela, Shakespeare, Dan Brown. Bestsellers, sabe?"
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Gociante Patissa, Aeroporto Internacional da Catumbela, 14.06.2016
"Lei do sucesso na vida. O melhor locutor não é aquele que faz o programa, mas aquele que liga antes o microfone."
"Seria uma espécie de indirecta? O seu microfone até está ligado."
"Não, meu caro, é uma das lições importantes do livro que escrevi para a formação integral de locutores."
"Ah, o senhor literata-maior também entende de comunicação?"
"A literatura é um dom que tudo entende, caso ainda não saibas, meu caro."
"Já agora, o senhor escreve o quê?"
"Sou colunista, articulista, poeta, escritor, cronista, prosador, ensaísta, dramaturgo, romancista, enfim, tudo isso você encontra no meu livro."
"Essa parte do microfone... ainda como é que é mesmo?..."
"O melhor locutor não é aquele que faz o programa, mas aquele que liga antes o microfone."
"Isso! Como podemos enquadrar em termos de género?"
"É unisexo, não? Tanto dá para masculino como para feminino."
"Ah, ok. Que outras coisas de sua autoria gostaria de partilhar com os ouvintes?'
"A minha obra literária 'Lei do Sucesso Na Vida' é o livro mais esperado. Por exemplo, anota esta passagem: matar a sede é morrer, pois água é vida. A sede é que nos salva."
"Muito bem! Em quem é que você se inspira?"
"Eu só leio grandes escritores, tipo Agostinho Neto, Pepetela, Shakespeare, Dan Brown. Bestsellers, sabe?"
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Gociante Patissa, Aeroporto Internacional da Catumbela, 14.06.2016
Citação
"A empresa só pertence ao dono em dois momentos, quando ele a abre ou quando vai à falência. Enquanto estiver a trabalhar já pertence a todos" (de um empresário anónimo agora mesmo)
segunda-feira, 13 de junho de 2016
Debate global a propósito do massacre na discoteca em Orlando | QUAL SERIA A SÍNTESE
TESE: "O assassino de Orlando é de uma família afegã (...) Temos que rever a nossa política de imigração e escrutinar quem aceitamos dentro das nossas fronteiras (...) Os bombistas da Maratona de Boston, por exemplo, obtiveram a autorização de permanência no nosso país através de um asilo político." - Donald Trump
ANTÍTESE: "O assassino de Orlando não é afegão. Ele nasceu nos Eua, foi criado com base na cultura dos Eua, portanto não representa o Afeganistão" - De um cidadão em Kabul.
www.angodebates.blogspot.com
domingo, 12 de junho de 2016
Utilidade pública
Caso interesse para fins de observação e fotografia, acontece na praia hoje um concurso nacional de construções na areia, feitas por criança. O programa de rádio que apadrinha o evento já está no ar em directo. É ali na cognomada "Praia do Pequeno Brasil", na parte posterior ao Instituto Superior Politécnico, na cidade de Benguela
Áudio | Para quem não pôde acompanhar, aqui vai o arquivo da edição de 11.06.2016 (primeira parte) do programa Antologia, da RNA, conduzido por António Antunes Fonseca, num exercício permanente de recolha e divulgação da tradição oral e etnomusical angolana. Nesta edição, destaque para KUPELETELA, a voz do município Bocoio, província de Benguela
ALGUNS TRECHOS: "nakalungu/ nakacekele/ cukwavo olya/caye osoleka (...) cananga mo ceci/olongombe vipokola komunu/omunu ka pokola kwisya yaye/ la ina yaye" (o espertalhão é dinâmico, guarda o que é seu para comer o que é do outro (...) o que me deixa perplexo é que o boi obedece ao ser humano, o ser humano desobedece ao pai e à mãe"
Declaração de interesses: faço este convite na minha condição de ouvinte e colaborador do programa. Por outro lado, estou ainda ligado ao músico Kupeletela por laços familiares, ele é primo meu.
sábado, 11 de junho de 2016
Ideia projectual
No âmbito da diversificação da economia, estou a pensar seriamente em abrir uma cantina para vender sono. A questão é que não consigo espaço para dormir a grande quantidade de horas que tenho em atraso e como tal excedentes. Alguém empresta uma balança? Obrigado
Citação
"O TAL se estivesse calado seria um bom mestre de retórica!" (João Assis Gonçalves Neto, via Facebook, hoje)
UM CONVITE ESPECIAL PARA ESCUTAR O PROGRAMA ANTOLOGIA DE HOJE
O programa ANTOLOGIA, emitido pelo canal A da Rádio Nacional de Angola a partir de Luanda com a realização e apresentação do escritor e docente António Antunes Fonseca, dedica na sua emissão de hoje, sábado (11/06), uma boa fatia na divulgação da tradição oral e etnomusical de Benguela, tendo como cabeça de cartaz o jovem Kupeletela, da região do Bocoio (comuna do Monte Belo e aldeias como Cindumbu e Kalombwe). Sintonize a partir das 18h00 nos 91.5 FM se estiver em Benguela ou ainda através do site www.rna.ao
Declaração de interesses: faço este convite na minha condição de ouvinte e colaborador do programa. Por outro lado, estou ainda ligado ao músico Kupeletela por laços familiares, ele é primo meu.
Gociante Patissa
(arquivo) Divagações | Agenda cultural à deriva
Uma das questões que teremos de repensar quando houver tempo é a secundarização que se assiste do lugar da cultura. Na nossa comunicação social, regra geral, a grande maioria da pauta cobre política. Parece que nos esquecemos de que só uma pessoa culturalmente rica pode ser um bom político. Indo ao site da Angop, por exemplo, política aparece no topo, é destaque; cultura aparece em baixo, acoplada ao lazer. Posto isso, não é de estranhar o seguinte espectro: em muitos órgãos da nossa imprensa, há editores de política, de desporto e até de sociedade. Já para cultura, qualquer um pode fazer. Parece prevalecer uma visão de agenda cultural enquanto desfile de actuação para assinalar efeméride ou quando convém agradar o turista (África e o mundo) com breves minutos de folclore. É o que acho e estou pronto para comemorar se alguém me disser que não passa de um engano meu de óptica.
Gociante Patissa, Lobito, 11.06.15www.angodebates.blogspot.com
quinta-feira, 9 de junho de 2016
Reconhecimento | BLOG ANGODEBATES É REFERENCIADO NA REVISTA DIGITAL "PALAVRA E ARTE" | A resenha é assinada por Cláudia Cassoma
Embora estejamos perante a uma explosão
virtual, ainda não é fácil encontrar um endereço electrónico digno de um
investimento ilimitado de tempo e atenção por faltar dentre muitos atributos,
qualidade; tanto no conteúdo como não. Deparar-se com um blogue de autoria
angolana, demanda uma pesquisa excessiva, mais ainda quando se tenciona
encontrar um de teor literário.
O blogue AngoDebates: Angola, Debates &Ideias, é decerto uma das excepções. Numa
linguagem original e transparente, assuntos a respeito de Angola e outros
lugares são abordados no mesmo. Num olhar aprofundado ao singular, aos
detalhes, é apresentada, num retrato sem guarnição, a imagem do mundo
literário. No blogue há um vasto arquivo de notícias, reportagens, crônicas e
desabafos.
A Rubrica Oficina é preenchida por poesias,
contos, e crónicas; essa última é também encontrada na rubrica Crónicas do
Metro. Dentre outras rubricas no blogue estão: Diário, Citação, Nota Solta,
Utilidade Pública, e Fábulas da nossa terra; há lá também razões para
gargalhar, com sarcasmo ou não, na rubrica Humor.
O blogue supracitado é editado pelo escritor angolano Gociante Patissa. O mesmo nasceu na comuna do Monte-Belo, município do Bocoio, província de Benguela. Tem licenciatura em Linguística, especialidade de Inglês. O autor altiloquente é membro efectivo da União dos Escritores Angolanos e colaborador do Jornal Cultura. A edição do AngoDebates: Angola, Debates & Ideias é também auxiliada por outros colaboradores, principalmente em rubricas como: Oficina.
O blogue supracitado é editado pelo escritor angolano Gociante Patissa. O mesmo nasceu na comuna do Monte-Belo, município do Bocoio, província de Benguela. Tem licenciatura em Linguística, especialidade de Inglês. O autor altiloquente é membro efectivo da União dos Escritores Angolanos e colaborador do Jornal Cultura. A edição do AngoDebates: Angola, Debates & Ideias é também auxiliada por outros colaboradores, principalmente em rubricas como: Oficina.
Em síntese, AngoDebates: Angola, Debates & Ideias é um endereço eletrónico digno de uma visita morosa.
Fonte:
Revista online "Palavra & arte", Junho-Julho 2016
Inauguração
Benguela conta com um espaço novo no ramo da restauração, com a inauguração ainda a decorrer neste momento do "Chiquitos Café e Boutique", projecto da amiga Filó Anaefe Ferreira, onde está patente a exposição fotográfica denominada "Okwenda", do amigo José Alves. O estabelecimento situa-se junto ao Banco Externo, ali pela praia do Pequeno Brasil. Depois de já depositar em pessoa os meus parabéns, faço-o por esta via para elogiar o bom gosto artístico com que a casa foi decorada, com realce para os detalhes de artesanato das colunas que suportam os candeeiros na esplanada e ainda a boutique de arte, onde se pode apreciar uma variedade de peças feitas de material reciclado, reaproveitado e/ou reutilizado. De esquebra ainda mandei um bom empadão para o bucho.
Diário | Governo não é só o marido da república?
“Camarada-Vice!
Camarada-Vice! Você, que é mulher, acha que a minha esposa vai sobreviver?”
“A
tua esposa está muito mal, camarada… Continua em coma profundo na reanimação.”
“O
que estão a fazer é certo? Vê só, Camarada-Vice, vê só! Desde anteontem que não
me deixam chegar perto da mulher. Desconfiam de quê? Será que o amor faz mal?”
“É
preciso ter calma e deixar os técnicos fazerem o trabalho médico. Ela está
grave…”
“Mas,
ó Camarada-Vice, então a minha mulher que passo a vida a lhe ver nua, hoje vai
ter vergonha de me ver só porque está grave? Vai esconder mais o quê?”
quarta-feira, 8 de junho de 2016
Curiosidade | Este trecho descreve uma cena observada na cidade de Tel Aviv, Israel, há três anos (foto). usado na ficção, refere-se à ilha de Luanda no conto «A Alma Gémea Do Mar», In «Fátussengóla, O Homem Do Rádio Que Espalhava Dúvidas»
"Às tantas, algo capturava-nos os sentidos, num
silêncio invulgar que até parecia combinado. Tudo muito rápido a poucos metros,
como num filme: dois ilustres desconhecidos saem abraçados do restaurante
vidrado que dá vida às ruínas de uma doca que se esqueceu da idade, passos
conforme as ondas algo bravias. O céu, até há pouco cinzento, cai. Ela não
corre, ele muito menos. É já fim de tarde. Está frio, incisivo mesmo. Longe do
carro, não perto de casa. E beijam-se. Quem se escuda agora é a chuva."
Ponto
Ás vezes, na teia da ignorância que a vivência me reserva, vejo somente medo nos olhos quando os estendo para captar o zénite. Nasci num contexto ideologicamente carregado, o socialismo, o da apologia à austeridade partilhada e à causa das nossas causas, sistema que na globalidade das sociedades logo colapsou, porque, como qualquer outra farsa, tinha o tempo a contar. O socialismo deu lugar à democracia, que faz apologia ao relativismo transversal e à prevalência da retórica, tudo no quadro do soberano jogo democrático. E é isso que amedronta, que a democracia seja apenas um jogo, e com uma única lei: a lei da força.
Diário | Entre as desculpas e a cadeira assim vou escolher lá o quê?
"Pai sogro! - primeiro ainda bom dia, né? - É como o passado?"
"Não!, por acaso, mesmo com a ressaca daquele copo que pagaste ontem sem maneiras, ainda o passado lhe passamos bem, conforme é possível com a graça e companhia dos engraçados. Assim é escovar o álcool da boca e ir trabalhar..."
"Para ganhar o pão, não é isso?"
"Não!, por acaso! Se bem que o tal pão já sai com bolor do próprio forno..."
"Pão novo com bolor, meu sogro?"
"Salário sem poder de compra, meu genro?"
"Ah, é verdade. Ainda pensei que é mais uma das àtoíces de falar do pai sogro. Porque o pai quando pega para errar... Mas é assim, vamos ainda deixar o politiquismo para os que estudaram, meu sogro..."
"Não!, aí falaste, meu filho!..."
"Eu madruguei para vir pedir desculpas. Dizem que ontem não aguentei na chupeta, aterrei na cadeira, depois caí e a cadeira partiu-se toda..."
"Ah, afinal? Meu genro, entre as desculpas e a cadeira assim vou escolher lá o quê?! Não vamos se complicar, meu filho, compra só outra no lugar..."
"Assim o meu próprio sogro, hã, pai da minha mãe, - sim, porque esposa é como uma mãe, ou estou errado? - é verdade o meu sogro vai-me fazer pagar?!"
Gociante Patissa. Aeroporto Internacional da Catumbela, 08 Junho 2016
segunda-feira, 6 de junho de 2016
Revirando o baú | Pesquisa de grupos focais no Huambo profundo
Em 2005, ao serviço da inglesa Save The
Children, recrutamento no meu caso feito pela urbanista australiana Susan Dow,
passei um mês em recônditas localidades do município da Cikala Colohanga,
província do Huambo, recolhendo dados qualitativos na metodologia de grupos
focais sobre "Crianças Órfãs e Vulneráveis", pesquisa apadrinhada
pelo Ministério da Reinserção Social. Foi enquanto consultor e assessor de
líder de pesquisa o primeiro
contrato mais alto, USD 1.600,00. As quatro semanas foram repartidas, sendo
duas de observação participante no interior (Sambo e Mbave) e as duas restantes
para o processamento de dados na capital. O mês era Outubro e chovia bastante,
agravado com as vias inacessíveis para viaturas e não havia cobertura
telefónica. Maior ainda era o medo de accionar uma mina terrestre, uma vez em
troços sem asfalto e com águas residuais. Enquanto isso, as regras eram mais do
que rígidas: não desviar do caminho, não seguir viagem depois das 17 horas.
domingo, 5 de junho de 2016
Última hora
Tenho informações a indicar que um certo professor doutor, cooperante, deixa o país em fim de mandato e com um parágrafo enorme na folha de serviços, mas é pelas piores razões, supostamente, a venda de teses de licenciatura e ver-se apanhado no esquema de extorsão (em época de exames de admissão) de candidatos inseguros na faculdade em que leccionava. Alguém confirma?
sábado, 4 de junho de 2016
Revirando o baú | Memória descritiva do estúdio preto-e-branco
Era preciso inovar para agradar o cliente,
independentemente de sermos um estúdio artesanal e obviamente limitado em recursos.
Os sócios da Foto Kodak, no bairro Santa Cruz, subúrbio a sul do Lobito,
tiveram a ideia de dar um toque festivo ao produto durante a quadra festiva.
Fui incumbido de adaptar um cartão postal, adicionando-lhe à caneta os dizeres
"Feliz Natal e Boas Festas". De seguida, usou-se a técnica de
reprodução, que consiste em fotografar fotografias. Na câmara escura,
revelou-se o rolo e estava pronto o negativo como maquete de arte. Depois era
só inserir no ampliador o negativo da fotografia pretendida no que correspondia
a uma metade do papel fotográfico 9/12cm, mantendo bloqueada a outra e, feito
isso, proceder ao inverso, isto é, projectar a imagem da maquete na margem
restante do papel fotográfico e proteger a primeira, para evitar imagens
sobrepostas. Concluído o engenho, ainda à luz laranja da câmara escura,
mergulha-se o papel num recipiente com um líquido malcheiroso chamado
revelador, num mexe e remexe de mais ou menos três minutos até surgir a imagem
no papel. Quando o boneco ganha a tonalidade pretendida, mergulha-se o papel
noutro líquido com cheiro ainda menos amistoso que atende pelo nome de fixador
que é para, tal como o nome indica, fixar o tom que será o definitivo (o
revelador e o fixador, quando escassos no circuito oficial, eram obtidos em esquemas
com os funcionários hospitalares da área do Raio X). Para finalizar é só passar
por água e secar ao sol, não poucas vezes com ajuda de molas de estender a
roupa. Nessa foto captada pelo mestre Lopes, fui o modelo, o empregado e
obreiro, tinha eu 15 anos em 1993.
sexta-feira, 3 de junho de 2016
(arquivo) Diário | Inovando no puxa-saco
De acordo com o site Ugandans At Heart (UAH), o facto ocorreu em Agosto de 2014, com o presidente do districto de Buikwe, Mathias Kigongo, a ajoelhar-se à passagem do presidente Ugandês, Museveni.
quarta-feira, 1 de junho de 2016
(arquivo) Crónica | Como se o cabelo dependesse da unha
Está entre nós o escritor fulano de tal,
anunciava ontem o escritor anfitrião do recital, que de seguida acrescenta:
chegou atrasado, mas chegou; obrigado por vires. Sentado na plateia, levanto as
mãos em instintivo gesto socialista, como criança que marca presença na sala de
aulas, auxiliado por um breve sorriso. Pouco depois, aproxima-se um jovem
sentado a poucos metros do meu lugar, mão estendida para o aperto que, entretanto, tem de esperar, pelo
menos até eu poisar a máquina fotográfica. É o kota fulano? Sim, correspondi,
ciente de que ele próprio não acreditaria se lhe dissesse o contrário.
Parabéns, meu kota, pelo teu livro! Até, se eu soubesse que vinha, ia trazer o
livro para assinares. Não há problema, tranquilizo-o, outras oportunidades
surgirão. Obrigado por gostares, concluo, com secreta vontade de ficar a
conversa por ali, pois o papo paralelo distraía-me do principal, o recital e a
trova. Foi então que quase não acreditei no que vinha a caminho: enquanto o
kota não assinar, não vou acabar de ler o teu livro. Sorri e garanti que
ficaria resolvido em breve. E tenho pensado cá comigo: à parte o facto de
pertenceram ao mesmo corpo humano, o que tem o cabelo a ver com a unha? Em que
medida condiciona um simples autógrafo à leitura de um livro? Bem, seja como
for, aprendemos todos os dias com os nossos estimados leitores. Bom dia, bom
domingo a todos e todas!
Gociante Patissa, Benguela 01.06.14