Pelas minhas contas, a partir de amanhã (11/11) a
Televisão Pública de Angola (Canal 2) fecha o capítulo da divulgação que vem
dedicando aos livros publicados no quadro da Bolsa "Ler Angola",
edição referente ao ano 2014, considerando a entrada em vigor da edição 2015.
O
meu segundo livro de contos «Fátussengóla, O Homem do Rádio Que Espalhava
Dúvidas», que fora um ano antes finalista vencido do Prémio Sagrada Esperança (da Fundação
Agostinho Neto), viria a ser uma das onze propostas que conformam a fornada de
"novos autores", da responsabilidade do GRECIMA (Gabinete de
Revitalização e Execução da Comunicação Institucional e Marketing da
Administração), programa de iniciativa presidencial, que também reedita obras
mais antigas na colecção designada "11 Clássicos". Em termos de
testemunho, devo dizer que a bolsa "Ler Angola", que visa incentivar
o gosto pela leitura e escrita, promovendo a marca Angola, é das iniciativas de
encorajar, considerando sobretudo o seu alcance social.
A par da publicação do
livro, os novos autores receberam via transferência bancária o prémio de 250
mil kwanzas, agregados à distribuição pela Rede KERO e pela livraria Texto
Editores, a divulgação em jeito de sinopse pela TPA2, mais cerca de 60% das
vendas. Já para o leitor, a grande vantagem da subvenção directa do Estado
reside no preço por exemplar, que é (apenas) quinhentos kwanzas. Não podendo
falar pelos outros, considero eu que o projecto ainda não conseguiu transpor o
grande mal da literatura feita em Angola, a débil distribuição. Tendo começado
bem, assiste-se entretanto, nos últimos seis meses à escassez do produto,
defraudando daí a procura. Gociante Patissa
PS: Depois de publicada esta nota, recebi de fonte ligada ao projecto a garantia de que não seria para já dado o corte à publicitação via TV.
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