Uma das questões que teremos de repensar quando houver tempo é a secundarização que se assiste do lugar da cultura. Na nossa comunicação social, regra geral, a grande maioria da pauta cobre política. Parece que nos esquecemos de que só uma pessoa culturalmente rica pode ser um bom político. Indo ao site da Angop, por exemplo, política aparece no topo, é destaque; cultura aparece em baixo, acoplada ao lazer. Posto isso, não é de estranhar o seguinte espectro: em muitos órgãos da nossa imprensa, há editores de política, de desporto e até de sociedade. Já para cultura, qualquer um pode fazer. Parece prevalecer uma visão de agenda cultural enquanto desfile de actuação para assinalar efeméride ou quando convém agradar o turista (África e o mundo) com breves minutos de folclore. É o que acho e estou pronto para comemorar se alguém me disser que não passa de um engano meu de óptica.
Gociante Patissa, Lobito, 11.06.15
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