A maior parte dos profissionais de comunicação social angolana e estudiosos do ramo, consideram uma “aberração” a inclusão do humorista Pedro N´zagi entre as figuras desta área que estão a concorrem para o prémio figuras do ano de 2008, que será realizada 14/05/09, no Cine Tropical.
Os jornalistas e comunicólogos defendem que a direcção das empresas organizadoras, Westside e Semba comunicação (em parceria com a revista Caras), deviam vir a público explicar os critérios que levaram a inclusão do humorista nesta categoria.
Para além de Pedro N´zagi, a categoria de “figura da comunicação social do ano” está a ser disputada pelos jornalistas Mariano Brás (Semanário A Capital), Mara Dalva (Rádio Nacional e Programa Dia-a-Dia da TPA2), Josina de Carvalho (Jornal de Angola) e Mário Vaz (Bom Dia Angola TPA1).
O jornalista e porta-voz da União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC), Felisberto Filipe, defende que por enquanto o Pedro N´zage não deveria fazer parte deste grupo e que esta categoria precisa de ser devidamente definida.
“É necessário não confundir as coisas. Os princípios que regulam os animadores, humoristas, palhaços, ou quer que seja, são totalmente diferentes dos princípios jornalísticos que absorvemos dos livros básicos do IMEL”.
António Miguel (Novo Jornal), foi mais longe ao considerar uma aberração e falta de respeitos aos profissionais de jornalismo alistar o Pedro N´zage nesta classe. “Não sei o que passa na cabeça das pessoas ultimamente, nem sequer sei se é o próprio Pedro N´zage que se auto intitula como jornalista. De qualquer forma os organizadores destas galas ou eventos devem pelo menos saber quem é quem para não se dar prémios de médicos a enfermeiros ou vice-versa”.
Também comunga desta ideia o correspondente da Rádio Ecclésia em Benguela, José Manuel, que considera a nomeação do humorista uma ofensa ao bom senso dos profissionais desta classe.
“Penso que o formato jornalístico "hora Quente" para além de ser uma imitação medíocre ou zero, não deveria ser digno de uma provável pré-candidatura a nada ao menos que esta categoria queira distinguir figuras mais cómicas do ano”.
Dos quatro escribas contactados pela nossa reportagem, o Jornalista Conceição Culeca, do semanário O Independente, foi o único que reagiu positivamente a indicação do humorista para a figura que mais se destacou em 2008, no ramo da comunicação social angolana.
“É graças ao Pedro Nzangi que a TPA2 conseguiu ter grande audiência, visto que a mesma aumenta sempre que o programa vai ao ar. O seu humor conquistou um espaço que a muito se encontrava em declino”, justificou-se.
De acordo com fontes do Tribuna da Kianda, a deputada e empresária, Tchizé dos Santos e o seu irmão “boss da Semba”, José Eduardo dos Santos, estudaram comunicação social nas melhores universidades dos Estados Unidos da América. Pelo que está difícil compreenderem a inclusão do humorista nesta categoria.
Tendo em atenção que os manuais de jornalismo existentes em todo o mundo, definem o jornalista como sendo “aqueles que exercem funções de pesquisa, recolha, selecção e tratamento de factos, notícias ou opiniões, através de texto, imagem ou som, destinados a divulgação informativa pela imprensa, por agência noticiosa, pela rádio, pela televisão ou por outra forma de difusão electrónica”.
O comunicólogo Manuel Fernandes (nome fictício), professor da disciplina de Teoria da Comunicação da Universidade Privada de Angola, defende que o ministério da Comunicação Social, o Sindicato dos Jornalistas Angolanos e o Conselho Nacional de Comunicação Social não deviam ficar de braços cruzados admitindo a banalização do jornalismo. “É preciso que os órgãos de tutelas definam quem é quem, e enquanto isso não acontecer vamos continuar a assistir a banalização desta magnifica profissão. Penso que tudo isso depende, por outro lado, da entrada em funcionamento do código deontológico e da nova lei de imprensa”, explicou.
Fonte:Club-k, citando http://www.tribunadakianda.blogspot.com/
Os jornalistas e comunicólogos defendem que a direcção das empresas organizadoras, Westside e Semba comunicação (em parceria com a revista Caras), deviam vir a público explicar os critérios que levaram a inclusão do humorista nesta categoria.
Para além de Pedro N´zagi, a categoria de “figura da comunicação social do ano” está a ser disputada pelos jornalistas Mariano Brás (Semanário A Capital), Mara Dalva (Rádio Nacional e Programa Dia-a-Dia da TPA2), Josina de Carvalho (Jornal de Angola) e Mário Vaz (Bom Dia Angola TPA1).
O jornalista e porta-voz da União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC), Felisberto Filipe, defende que por enquanto o Pedro N´zage não deveria fazer parte deste grupo e que esta categoria precisa de ser devidamente definida.
“É necessário não confundir as coisas. Os princípios que regulam os animadores, humoristas, palhaços, ou quer que seja, são totalmente diferentes dos princípios jornalísticos que absorvemos dos livros básicos do IMEL”.
António Miguel (Novo Jornal), foi mais longe ao considerar uma aberração e falta de respeitos aos profissionais de jornalismo alistar o Pedro N´zage nesta classe. “Não sei o que passa na cabeça das pessoas ultimamente, nem sequer sei se é o próprio Pedro N´zage que se auto intitula como jornalista. De qualquer forma os organizadores destas galas ou eventos devem pelo menos saber quem é quem para não se dar prémios de médicos a enfermeiros ou vice-versa”.
Também comunga desta ideia o correspondente da Rádio Ecclésia em Benguela, José Manuel, que considera a nomeação do humorista uma ofensa ao bom senso dos profissionais desta classe.
“Penso que o formato jornalístico "hora Quente" para além de ser uma imitação medíocre ou zero, não deveria ser digno de uma provável pré-candidatura a nada ao menos que esta categoria queira distinguir figuras mais cómicas do ano”.
Dos quatro escribas contactados pela nossa reportagem, o Jornalista Conceição Culeca, do semanário O Independente, foi o único que reagiu positivamente a indicação do humorista para a figura que mais se destacou em 2008, no ramo da comunicação social angolana.
“É graças ao Pedro Nzangi que a TPA2 conseguiu ter grande audiência, visto que a mesma aumenta sempre que o programa vai ao ar. O seu humor conquistou um espaço que a muito se encontrava em declino”, justificou-se.
De acordo com fontes do Tribuna da Kianda, a deputada e empresária, Tchizé dos Santos e o seu irmão “boss da Semba”, José Eduardo dos Santos, estudaram comunicação social nas melhores universidades dos Estados Unidos da América. Pelo que está difícil compreenderem a inclusão do humorista nesta categoria.
Tendo em atenção que os manuais de jornalismo existentes em todo o mundo, definem o jornalista como sendo “aqueles que exercem funções de pesquisa, recolha, selecção e tratamento de factos, notícias ou opiniões, através de texto, imagem ou som, destinados a divulgação informativa pela imprensa, por agência noticiosa, pela rádio, pela televisão ou por outra forma de difusão electrónica”.
O comunicólogo Manuel Fernandes (nome fictício), professor da disciplina de Teoria da Comunicação da Universidade Privada de Angola, defende que o ministério da Comunicação Social, o Sindicato dos Jornalistas Angolanos e o Conselho Nacional de Comunicação Social não deviam ficar de braços cruzados admitindo a banalização do jornalismo. “É preciso que os órgãos de tutelas definam quem é quem, e enquanto isso não acontecer vamos continuar a assistir a banalização desta magnifica profissão. Penso que tudo isso depende, por outro lado, da entrada em funcionamento do código deontológico e da nova lei de imprensa”, explicou.
Fonte:Club-k, citando http://www.tribunadakianda.blogspot.com/
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Aié?
Concordo... Mas afinal a tal figura é quê?
Comunicador ou jornalista?
O humorista tb é comunicador... Mas de lá para jornalista a caminhada é longa.
Em que ficamos?
...
No meio de todo o debate q o assunto levanta, condeno também o totalitarismo que só considera jornalista qm tem formação universitária no ramo. É preciso muita miopia para não reconhecer oo contributo de qualidade de muita gente vocacionada, para já não falar de pessoas cuja história de vida se confunde com a afirmação da classe.
Qto à inclusão do "kota estúpido" entre as figuras da comunicação social, seria de grande valia termos acesso aos termos de referência. Assim saberiamos o perfil, a essência e a dimensão do evento. Todavia, o assunto torna-se delicado por (não) haver (quase nenhuma) ekidistância, uma vez q as empresas promotoras são também patroas de N'zagi. E em questões de avaliação qualitativa, o auto-consumo é um murro à deontologia.
Bom, não sendo nós justos nem peritos, julgamos que seria cobardia o silêncio. E a avaliar pela indignação da classe, e tal como pergunta o Canhanda, que tal considerarmos Pedro N'zagi um jornalista no sentido figurado, portanto, uma figura de estilo?
O Angolano não evolui porque não quer
A Comunicação Social é um campo de conhecimento acadêmico que estuda a comunicação humana e questões que envolvem a interação entre os sujeitos em sociedade. A Comunicação Social lida com as técnicas de transmissão da informação, o formato com que a informação é transmitida, e os impactos que a informação terá na sociedade e a relação entre os sujeitos em uma situação comunicativa.
Entre as subdisciplinas da Comunicação Social, incluem-se Teoria da Informação, Comunicação Intrapessoal, Comunicação Interpessoal, Marketing, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas, Análise do Discurso, Audiovisual, Telecomunicações, Jornalismo, Radialismo e Turismo.
Grande parte de sua prática está associada ao estudo da Teoria da Comunicação. A Comunicação Social possui diversas especialidades, sendo as principais: Cinema, Editoração, Jornalismo, Midialogia (também conhecida como Estudos de Mídia), Produção Cultural, Publicidade e Propaganda, Rádio e TV, Relações Públicas, e também as novas vertentes, que são: Comunicação Assistiva, Comunicação Empresarial/Assessoria de Imprensa e Comunicação Pública. No Brasil, algumas dessas áreas reservam-se a empregar apenas profissionais habilitados em cursos superiores de Comunicação Social.
Em algumas universidades são oferecidos cursos de Comunicação Social Integrada, cuja grade curricular integra três habilitações: Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade e Propaganda.
Agora digam-me porque raio é que um indivíduo que é bacharel em Eng. Informática, curso técno-profissional de Radio e jornalismo, fala e escreve Português, Inglês e Francês fluentemente não pode ser nomeado para prémio de comunicação social????
Cuidem-se, trabalhem, façam uma introspectiva própria e deixem o miúdo em paz, ele sozinho mudou a TV Angolana (para uma boa direcção), quanto a imitação... pesquisem mais... ao invés de compararem ao Jô soares, saibam que o mesmo inspirou-se em Jay Leno, c**an O'brien e etc. Abram a vossa mente e talvez transformem essa inveja cega em algo proveitoso.
Para que tanto alarido?
O que se passa é que não há respeito
pelos profissionais de imprensa.Assim sendo, tudo é possível.
O que não deve ser possível é o Sindicato continuar calado.
Bangula
Acho justo e interessante o "Grito" da classe, pois o tempo de levar pancada e ficar caldo já passou. Se querem "distinguir" os "distinguíveis"(a redundância é prepositada) angolanos que o façam respeitando as profissões de cada um, nem que tiverem que "inventar" categorias. E convém lembrar que muitos "talk show hosts" não são jornalistas, nem vou pelos comediantes falo dum Larry king, Oprah Winfrey,o malogrado Tim Russert, mais recentemente Tayra Banks e tantos outros não tão bem sucedidos assim.
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