Deixo que me julguem
E nada fazendo contra
Neste tempo apressado
Permito que me censurem
Por este “exílio” que escolhi
Aqui tão acessível e de todos tão perto
Mas também tão distante dos sorrisos e apertos…
Já não vejo a recompensa da criançada
Por cada regresso meu ao fim do dia
Como antes, no quintal de adobes da minha mãe
Do novo ano já rasguei Janeiro
E a meio vai Fevereiro
Sinto, no íntimo, o punhal da distância
Das saudades do olhar do meu povo, amigos e família
O telefone, no fundo, não é bastante
Até o meu chá de capim provoca azia
Sei que não apareço
Mas nem por isso das pessoas me esqueço
Cada qual está vivo na (curta) história da minha vida
Para cada alma, a consideração devida
É a vocês que pertenço
Mas se tiver que ser “longe da vista, longe do coração”,
Aceito o preço, então
Porque é simples a questão:
Se apareço, converso
Se converso, me revelo
Se me revelo, desabafo, sonho, lamento
E eu não quero (mais) lamentar
Esperem lá que a nuvem há-de-passar…!
Gociante Patissa
Benguela, 8 de Fevereiro de 2008
E nada fazendo contra
Neste tempo apressado
Permito que me censurem
Por este “exílio” que escolhi
Aqui tão acessível e de todos tão perto
Mas também tão distante dos sorrisos e apertos…
Já não vejo a recompensa da criançada
Por cada regresso meu ao fim do dia
Como antes, no quintal de adobes da minha mãe
Do novo ano já rasguei Janeiro
E a meio vai Fevereiro
Sinto, no íntimo, o punhal da distância
Das saudades do olhar do meu povo, amigos e família
O telefone, no fundo, não é bastante
Até o meu chá de capim provoca azia
Sei que não apareço
Mas nem por isso das pessoas me esqueço
Cada qual está vivo na (curta) história da minha vida
Para cada alma, a consideração devida
É a vocês que pertenço
Mas se tiver que ser “longe da vista, longe do coração”,
Aceito o preço, então
Porque é simples a questão:
Se apareço, converso
Se converso, me revelo
Se me revelo, desabafo, sonho, lamento
E eu não quero (mais) lamentar
Esperem lá que a nuvem há-de-passar…!
Gociante Patissa
Benguela, 8 de Fevereiro de 2008
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