Em entrevista à Rádio Morena Comercial (estação privada que cobre os três municipios do litoral de Benguela: Lobito, Benguela e Baia Farta), o líder do Pajoca sublinhou que as eleições são úteis para o fortalecimento da democracia e representam um dever cívico do cidadão perante a pátria, pelo que, «os cidadãs que optarem pela abstenção nas eleições, não estarão a ser patriotas». Tal silogismo mereceu imediata constação de dois cidadãos, por sinal profissionais de informação, que acompanhavam a entrevista, por considerarem que o voto deve ser exercido em consciência, reservando-se o cidadão ao direito à abstenção se for a mais coerente decisão a tomar.
Alegria Agostinho referiu que o seu partido parte confiante na vontade dos cidadãos por uma mudança. Entretanto, não deixou de apelar aos cidadãos por um comportamento ético face ao momento especial que se avisinha, o da preparação e realização das segundas eleições, de modo a evitar experiências amargas de 1992, tais como violência e imaturidade. De resto, uma responsabilidade que passa também por mãos de diversos outros agentes sociais, como as igrejas, a família e a sociedade civi.
O discurso culpabilizador do representante do pajoca, Alegria Agostinho, quanto ao receio de abstenção, não é algo recente aos ouvidos dos benguelenses. Já em 2004, eram atribuidas ao Bispo Católico, Dom Óscar Braga, declarações segundo as quais «não votar é pecado», já que quem não vota viria beneficiar do esforço dos outros. Tais decarações teriam sido aventadas durante um encontro com fiéis no município do cubal.
Por: Gociante Patissa
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