sábado, 29 de setembro de 2018

A Voz do Olho: 02 | OS BACKPACKERS. ISTO NÃO É UM HOTEL!

Para quem chega do litoral, as noites do Lubango são sempre frias. E secas. Dormindo
sozinho então… só piora. O que resta é desejar que o dia novo irrompa logo e nos tome conta das veias. Faço o percurso da Nossa Senhora do Monte ao aeroporto agarrado à fresca memória do carro assaltado. Perder documentos é coisa que não se deseja a ninguém em Angola, tal é a tendência de desorganização administrativa e funcional das instituições. Impera a narrativa de faltar quase tudo. Material, pessoas, tempo. Não raras vezes, a única coisa que falta é a vontade política de não deixar faltar.

Abril de 2017. O Boeing 737-700 da Taag efectua o penúltimo poiso da rota triangular. Enquanto bebe Jet-A1, na sala juntam-se os passageiros em trânsito aos locais. Aí surge o aprazível reencontro com o confrade Aguinaldo, noutro tempo assessor da União dos Escritores Angolanos, ultimamente alto quadro do Ministério da Cultura. A sua delegação tem encontro de cooperação na Namíbia. Quem me dera ser pulga e alojar-me no bolso de lapela só para aferir de que tratam os nossos diplomatas. É que na prática vê-se quase nada de intercâmbio entre Angola e a antiga colónia alemã/britânica no consumo de produtos artísticos, apesar haver povos de um mesmo grupo etnolinguístico dos dois lados, fruto da divisão do então reino dos Kwanyama pela conferência de Berlim.

Voo tranquilo. Recebe-me Windhoek ensolarada e a estranhar que não regressasse para safari e/ou consultas médicas. Na paragem de mini-autocarros, congelei quando o gerente da estação, ao elaborar o manifesto, pediu dados do familiar a contactar em caso de emergência. Seria premonição? De repente, divago em silêncio sobre a efemeridade da vida, a iminência da morte longe de casa, a adrenalina de aventuras solitárias. Coube-me o assento ao lado de duas simpáticas damas na casa dos 30 e poucos anos. Uma, ocidental, professora comunitária de inglês em fim de missão na África do Sul. A outra, nativa, sangue khoi-san e alemão. A primeira lia “Disgrace”, romance do sul-africano John Coetzee, que de imediato vira tema de conversa. Li-o há uma década mas desisti. É sobre um professor castigado sob acusação de assediar uma estudante menor.

Swakopmund é cidade pequena e limpa. Arquitectura, clima e ritmo de vida alemães. Acolhi a ideia de ver um quarto no Skeleton Beach. Não sabia que era para “backpackers” (mochileiros), conceito de viagem de baixo custo. Uns instalam tendas, outros dormem em beliches, como recrutas em casernas, sem divisão de homens e mulheres. Paguei um pouco mais pela suíte. À nossa chegada, ouvia-se choro de bebé na casa ao lado. Johny, o gerente, pergunta se tenho filhos. Ainda não. Devias pensar logo nisso, insiste ele, na lógica de homem e mulher igual a coito. Não era o caso. Johny é bôer, ar rude e carismático. Bebe cerveja o dia todo. À noite, visita com violão clássicos da world music.

Dando pela falta de sabão no WC, abordei o gerente. Isso não é um hotel! Vou-te dar o meu sabonete pessoal! Depois notei que não trocavam a roupa de cama nem as toalhas. É suposto o hóspede se governar. O matabicho é a única refeição. A sala comum é um frenesim. Turistas, motards, hippies e afins. No segundo dia pedi a substituição das pilhas do comando da TV. Mandou-me operar com os dedos. E desabafou com outro bôer em afrikaans. Retive os termos “kaffir” (pejorativo para negro. Conhecia de ler “Long Walk to Freedom”, de Mandela) e “stupidity” (estupidez). Quase explodi para denunciar a atitude racista, mas optei por absorver o ambiente e convertê-lo em matéria literária. Certa vez, ele ficou com a voz cansada e entendi improvisar acordes no violão. Ficamos amigos.

Gociante Patissa | Benguela, 24.09.2018 | www.angodebates.blogspot.com
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sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Debate | UM ANO DE PRESIDÊNCIA DE JOÃO LOURENÇO EM ANGOLA - Radio Ecclesia Benguela 28.09.2018

MODERAÇÃO: Zé Manel (Jornalista), programa Ecclesia 24 Horas, manhã de sexta-feira, 28.09.2018, em directo.
PAINEL DE CONVIDADOS: Eurico Bongue Manuel (em representação do MPLA), Gociante Patissa (escritor), José Patrocínio (Coordenador da Associação Omunga), Rui Malopa Miguel (Secretário Geral do PRS).

Cortesia imagens: Jornal de Negócios e Facebook

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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Diário | Assim ele é o primeiro na vida a fumar liamba?!


“Mas esse também tem direito à imagem?! A TPA afinal trabalha como?!”
“Eu também não entendo. Estão a falar ‘ah porque direitos humanos’…”
“Onde é que uma pessoa que mata crianças com faca merece direito de imagem?! Mostrem mais é a cara do bandido, ó meus senhores! Deixem lá de afiançar assassinos, pá! É isso que lhes dá cabeça grande. Escondem a cara do gajo e lhe incentivam a falar que está arrependido.”
“Estão a falar este marginal, assim como já está detido, é propriedade do Estado.”
“Esse não pode ser propriedade do Estado. Propriedade do Estado é quem comete um mambo normal, tipo desviar dinheiro. Esse sacana, até, não merece cadeia. Era só lhe entregar no povo… Lhe tratavam a saúde na hora…”
“Eu essas coisas me dão como raiva!!! A pessoa comete, depois ainda lhe tapam a cara. Eu assim minha vontade é dar mesmo umas cabeçadas no tal televisor…”
“Até tem uma senhora da família que pediu só para lhes deixarem ver a cara do filho da p…”
“E os colegas da investigação criminal deixaram?”
“Tipo que não…”
“Eu, te falo mesmo, ainda bem que me meteram aqui só na Viação e Trânsito. Porque o sofrimento que passamos nas FAPLA a defender a integridade territorial do nosso povo, quando vejo aqui na recta-guarda um civil de merda, tipo esse, em tempo de paz e tranquilidade, mata mesmo criança do outro e sai dali, vai abraçar as crianças dele… eu ia perder a cabeça…”
“Dizem que é de Cabinda. Acho que um gajo que é daqui não teria coragem de fazer isso…”
“Também não é por aí, colega. Crime não tem terra preferida! Já agora, qual é a justificação do estúpido para assassinar os filhos alheios?”
“Disse que bebeu e fumou liamba…”
“MENTIRA!!! Hum! E os rastafaris? Esse mambo não faz matar ninguém. Há mais velhos que fumam desde a sua mocidade, estão aí a dirigir igrejas, nunca cometeram…”
“Realmente, não convence…”
“Estão aí, grandes cangonheiros e bons conselheiros. Não vale a pena se mentir. Esse tem outros motivos… Assim ele é o primeiro na vida a fumar LIAMBA?!”

www.angodebates.blogspot.com | Gociante Patissa | Lobito, 27.09.2018

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quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Gabriel Tchiema quer maior divulgação da música angolana


Gabriel Tchiema destacou em Saurimo, província da Lunda- Sul, “a necessidade de uma estratégia bem definida, quer por parte do Estado, através do Ministério da Cultura, quer dos artistas, para a escolha de mercados internacionais atractivos e receptivos à internacionalização da música angolana.”

Texto: Jornal de Angola, 26 de Setembro, 2018 | foto: Jovens da Banda

Em declarações à Angop, à propósito do actual estado da cultura angolana, Gabriel Tchiema considera “fundamental olhar para o mercado internacional e compreender que tipo de estratégias de exportação se podem adoptar, mediante os objectivos, tipo de música e artistas que se pretende internacionalizar.”

O também director da Cultura na Lunda-Sul, sublinhou que “o processo de internacionalização da música angolana vai continuar a debater-se com a ausência de reconhecimento da sua importância, com a consequente falta de apoios estatais ao necessário investimento exportador.”

Para Gabriel Tchiema é indispensável a criação de fontes de recursos financeiros, para que os músicos possam criar estruturas que lhes permitam estabelecer parcerias com artistas já projectados no mundo.
O artista afirmou que, neste momento, “o que está a ser internacionalizada é a música feita em Angola.”

“Os mercados mais exigentes, como a Europa, América e alguns países africanos, ainda não consomem a música angolana, daí, que considero incoerente quando alguns músicos aparecem em público a afirmar que estão a internacionalizar-se, porque fazer um espectáculo fora do país, na maioria das vezes para as comunidades angolanas, não define a internacionalização da música angolana”, frisou.

Reconheceu, que já houve momentos em que a música angolana, a original, como o semba, por exemplo, estava a caminhar para a internacionalização, através de Waldemar Bastos, Bonga e Paulo Flores.
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terça-feira, 25 de setembro de 2018

Áudio | A Voz do Olho - crónica 01 - parceria Blog Angodebates e Radio Ecclesia Benguela 23-09-2018


Sob iniciativa do programa DOMINGO INTERACTIVO, emitido às tardes de domingo na Rádio Ecclesia Benguela, estabeleceu-se a parceria no sentido de as crónicas de sábado da rubrica A VOZ DO OLHO, do Blog Angodebates, serem servidas em formato áudio para os ouvintes da emissora católica. A parceiria foi lançada na edição de 23.09.2018. Domingo Interactivo é realizado e apresentado pelo jornalista Horácio dos Reis, ao passo que o Blog Angodebates (Angola, Debates & Ideias) é animado pelo escritor e jornalista Gociante Patissa. O genérico da rubrica, A VOZ DO OLHO, é pretexto para manter viva a memória de um jornal comunitário que se chamou Boletim A Voz do Olho, registado no Ministério da Comunicação Social e propriedade da AJS - Associação Juvenil para a Solidariedade, ONG angola com sede na cidade do Lobito, de que Patissa foi editor e co-fundador.
https://angodebates.blogspot.com/2018/09/a-voz-do-olho-01-iria-agora-deixar-de.html
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sábado, 22 de setembro de 2018

A voz do olho: 01 | IRIA AGORA DEIXAR DE VIAJAR?!

Há um ano e meio que venho adiando a crónica sobre a última viagem que fiz à República da Namíbia. Adoptei há uma década o país vizinho e irmão como rota de férias e turismo, não me movendo outro critério senão o de não possuir a paciência de monge. Situações há em que espreitar a lista de requisitos para a obtenção do visto até faz doer a vista, né?

Iria a conduzir para Lubango (400 km), pernoitar e voar duas horas até Hosea Kutaku, o heroico aeroporto internacional de Windhoek. O restante do roteiro é cheque em branco. A única certeza era a de não se ficar pelo mais do mesmo, a região norte ou a capital. Cheirava a litoral. Swakopmund e a portuária Walvis Bay? No ar, aquela inevitável tensão de pré-viagem que nos faz companhia em noite de véspera. Nem o sono consegue dormir.

Amanheceu. Estamos prontos, digo a mala, a mochila, a bolsa da máquina fotográfica e eu. O hiato entre a serventia alagada por inconveniente chuva de subúrbio sem drenagem e o parque de estacionamento faz-se a bordo de kupapata. É um meio de transporte motorizado que se define pela adrenalina. Na verdade, olhando para o quadro da sinistralidade rodoviária, kupapata é já questão de saúde pública. São 9h da manhã. O entusiasmo da viagem logo dá lugar ao choque. A viatura fora vandalizada no parque de estacionamento do hospital central. Vidro quebrado, portas abertas, interior da viatura feito caos. O que procuravam? Teorias de conspiração não seriam de todo descabidas.

Sabia por onde iniciar o inventário de perdas. A carteira de documentos: BI, carta de condução encarnada, cartões de eleitor, contribuinte, segurança social, passe de membro União dos Escritores Angolanos, cartões bancários e 900 USD. Você é figura pública, se calhar o erro foi comprar dólares na rua. Alguém te marcou. Ora, bem. E onde é suposto as figuras obterem divisas, com as casas de câmbio às moscas e a banca que conhecemos?

O telefone é todo tentáculos. Impressões digitais saltam à vista no pó da chaparia, ainda presente a pedra usada contra o vidro. O investigador, este, descarta. Alega contaminação do cenário. É para acreditar, senhor agente? Fácil inferir que não há estaleca laboratorial para o exame fora de Luanda, muito menos a base de dados para compulsar. No recinto da Investigação Criminal, outra viatura assaltada do mesmo jeito. É coisa de rede.

O questionário de abertura do processo é penoso, de tão repetitivo e lento. Daí sou encaminhado para o Comando Municipal onde se lavram declarações provisórias, cada documento furtado com o seu preço. Vejo-me roubado duas vezes. Intriga ler a catalogação “documentos extraviados”. Escusado é rebater, não vá eu perder ainda mais tempo. Posto na seguradora, inicia o processo de reembolso. São 12h já mas a fome está de folga. Informações quanto ao vidro substituto apontam para o Lobito. Para lá vamos.

Às 17h, vidro reposto. A solidariedade da família e amigos aconselha abortar a viagem. Prevalece a determinação, embora pouco sustentável, sem poder movimentar as contas. Eis que alguém disponibilizava 40 mil Kwanzas, providenciais para hotel no Lubango e parque do carro. Contava eu com uma reserva apertada de dólares e o trunfo na manga: até então, sem querer, possuía duas cartas de condução, ficando a salvo a da SADC. Às 18h30 parti. Odeio conduzir à noite mas ousei passar por isso. Tinham-me roubado os documentos, o dinheiro. Iria agora deixar de viajar?! Assim eles ganhariam demais, né?

Gociante Patissa | Benguela, 22.09.2018 | www.angodebates.blogspot.com
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quinta-feira, 20 de setembro de 2018

No voo da Taag de Lisboa a Luanda | CIDADÃO PORTUGUÊS CONDENADO POR OFENSAS À TRIPULAÇÃO


O cidadão de nacionalidade portuguesa Ruben Jorge Martins Nunes, 34 anos, foi condenado, ontem, pelo Tribunal Provincial de Luanda, à pena de prisão de um ano, suspensa, por ter criado transtornos e proferido expressões obscenas e racistas contra a tripulação da TAAG, durante o voo DT 651, que fazia a rota Lisboa-Luanda, no passado dia 18, terça-feira.

Num julgamento sumário que decorreu na 4.ª secção do Palácio Dona Ana Joaquina, a juíza ditou ainda que durante os próximos dois anos, Ruben Nunes, trabalhador da Refriango e residente no país há oito anos, não pode cometer nenhum outro crime no território na-cional, enquanto durar a pena suspensa.

A juíza Fernanda Paciência decidiu, igualmente, aplicar a pena acessória de pagamento de 8.800 dólares e a taxa de justiça de 80 mil kwanzas.
Depois da audição das testemunhas e declarantes, entre passageiros e tripulação, Ruben Nunes foi considerado pelo tribunal como passageiro indisciplinado e perturbador nos termos da lei vigente no país.

Recorrendo à lei dos crimes contra a Aviação Civil, ao réu não foram imputadas quaisquer agravantes pela sua conduta diante do tribunal, pelo facto de ter confessado os factos, de forma espontânea, e pedido desculpas aos passageiros e à tripulação.

Tudo aconteceu quando a equipa de cabina do voo DT 651, que fazia o trajecto Lisboa-Luanda, transferiu um passageiro, que reclamou contra  avaria do seu monitor, para o lado  de Ruben Nunes. 
O cidadão português, por capricho, queria ter a cadeira ao lado vazia, contrariando as orientações da  equipa de tripulação e insurgiu-se contra ela, pelo que os passageiros que presenciaram a cena se sentiram  incomodados com a sua atitude, a julgar pelas palavras obscenas e racistas que proferiu.

Por essa razão, o comissário de bordo da companhia de bandeira TAAG, Alfredo Maqueta, apresentou queixa ao Departamento de Investigação Criminal no Aeroporto 4 de Fevereiro, em Luanda, tendo sido apresentado ao Ministério Público que remeteu o caso para o tribunal, onde foi julgado de forma sumária.

Texto do Jornal de Angola, foto da Angop, 20.09.2018
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John Bella lança livro na feira em São Paulo

O escritor John Bella lança hoje, às 18h00, na Feira da Literatura Infantil de Taubaté (FLIT), no estado de São Paulo, o seu mais recente livro intitulado “A Palanca dos Chifres Curvados”.

O autor, que se encontra em São Paulo a convite da Editora Casa Cultura, responsável pela publicação do livro, participou ontem de uma actividade literária com estudantes da cidade de Taubaté, uma iniciativa da prefeitura local.

Paralelamente ao lançamento do livro, John Bella foi igualmente convidado por várias instituições de ensino para apresentar o livro que visa explicar aos jovens a importância da conservação da fauna angolana e a de outros povos, com uma atenção muito especial sobre a Palanca Negra Gigante, e dissertar sobre o seu trabalho, em particular, e a literatura infantil angolana, em geral. A feira deste ano, que acontece até domingo, tem como tema central “Narizinho - reinações na terra de Lobato”. 

Amanhã, às 17h30,  o escritor angolano toma posse como membro correspondente  da Academia Taubateana de Letras (ATL), eleito pelas suas qualidades literárias e difusão da literatura, cerimónia para a qual foi convidado o cônsul geral de Angola em São Paulo. 


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Sugerindo leituras, poesia brasileira do Movimento Poetas na Praça

Se
Alguém
Lhe amar
Como eu
Não é alguém
Sou
Eu.

Manuka

In MOVIMENTO POETAS NA PRAÇA - entre a  transgressão e a tradição (antologia organizada por Douglas de Almeida). 2015. Selo editorial Castro Alves, Câmara Municipal de Salvador - Bahia, Brasil
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segunda-feira, 17 de setembro de 2018

No feriado do Herói Nacional, que tal ouvir a entrevista e recital de homenagem a Agostinho Neto na Rádio Benguela?

- Trova/Músicas originais: Syrimus Mulaja (músico e compositor benguelense)

- Emissão e concepção: Rádio Nacional de Angola-Benguela, programa "Entre Nós", manhã de Sexta-feira, 15.09.2017

- Apresentação: Filomena Maria
- Poesia de António Agostinho Neto (1922-1979) poeta, médico e político angolano)
- Compilação, narração de poemas e fotografia: Gociante Patissa
www.angodebates.blogspot.com

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Língua nacional Kimbundu na literatura angolana | SOBERANO KANYANGA DISSERTA NA UNIVERSIDADE DE MACAU

O escritor angolano Soberano Kanyanga encontra-se já no continente asiático para acertos, tendo em vista a sua prelecção na universidade de Macau. Ao Blog Angodebates, o autor de “O Relógio do Velho Trinta”, “Amor sem pudor”, e do “Coleccionador de pirilampos”, entre outros títulos, contou que “o convite veio da Universidade de Macau, para primeira semana de Novembro, e visa falar aos estudantes e professores do Departamento de Língua Portuguesa”.

Foto cedida pelo autor
A abordagem vai incidir nas peculiaridades do português de Angola e a presença do Kimbundu, como língua primeira, na literatura "aportuguesada" de Soberano Kanyanga. O evento será aproveitado para apresentar à comunidade académica “As travessuras de Jacinto”, o mais recente livro do autor, publicado pela TM Editora no ano passado.

O convite formulado ao escritor, que é também docente de história e jornalista de formação, surge na sequência do Projecto Libolo, de natureza científica, em curso no Município do Libolo, província do Kwanza-Sul, do qual fazem parte professores e estudantes de pós graduação e mestrado daquele centro universitário macaense.

projecto tem alcance internacional e multidisciplinar, centrado em quatro áreas de estudos das humanidades, nomeadamente a linguística, a história, a antropologia e a filologia, a partir de uma região sócio-histórica estratégica angolana. O cotejo empreendido entre essas áreas leva em conta o fluxo de escravizados do Libolo transplantados para fora de Angola entre os séculos XVI e XIX.


Luciano António Canhanga, de seu nome de registo, nasceu a 25 de Maio de 1976 no Libolo, província do Kwanza-Sul. Reside na cidade de Luanda. Escreve poesia, contos, romance e ensaios. É dos que publicam regularmente nos últimos dez anos. Consta na sua vasta obra a distinção pela Bolsa Ler Angola ao livro de contos “O Coleccionador de pirilampos”, no ano de 2014, num concurso literário nacional de iniciativa presidencial que apurou 11 obras na colecção designada “11 Novos Autores”.

Gociante Patissa, Benguela, 17.09.2018 | www.angodebates.blogspot.com
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segunda-feira, 10 de setembro de 2018

(áudio com download) Palavras e Textos RNA | Grande entrevista de Walter Arsénio ao escritor Gociante Patissa 08.08.2018

Para fins documentais, eis o bruto da entrevista que foi gravada na tarde de quarta-feira, 08.08.2018, no Canal A da Rádio Nacional de Angola, em Luanda, e consistiu num passeio por temas ligados aos desafios do livro e da literatura em Angola, tendo como pano de fundo a véspera da viagem para o Brasil, onde Gociante Patissa foi participar como escritor palestrante internacional na segunda edição da FLIPELÔ (Festa Literária do Pelourinho), na cidade de Salvador, de 8 a 12 de Agosto, a convite da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, por intermédio da Fundação Pedro Calmon 
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(áudio sem download) Palavras e Textos RNA | Grande entrevista de Walter Arsénio ao escritor Gociante Patissa 08.08.2018

Para fins documentais, eis o bruto da entrevista que foi gravada na tarde de quarta-feira, 08.08.2018, no Canal A da Rádio Nacional de Angola, em Luanda, e consistiu num passeio por temas ligados aos desafios do livro e da literatura em Angola, tendo como pano de fundo a véspera da viagem para o Brasil, onde Gociante Patissa foi participar como escritor palestrante internacional na segunda edição da FLIPELÔ (Festa Literária do Pelourinho), na cidade de Salvador, de 8 a 12 de Agosto, a convite da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, por intermédio da Fundação Pedro Calmon | www.ombembwa.blogspot.com  | http://angodebates.blogspot.com/
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domingo, 9 de setembro de 2018

(áudio com download) Mesa redonda em língua Umbundu POPYA OTCHILI nº 12, Rádio Ecclesia Benguela com Gociante Patissa, 2018

Veteke lya lyakwim vavali la tatu, kosãi ya Kanyenye, vunyamo wolohulukãi vivali kekwim lecelãlã, ocipama citukwiwa eti Popya Otchili cakonga Gociante Patissa ndukusinumunlã evi vyatyama kokumina lovotila kwenda vo ndokusapela kwevi viletiwe kaliye okuti papita ale ulima tunde apa ocela caimbiwa vo feka yo Ngola. Ocipama Popya Otchili cendisiwa la João Guerra Sokópya, Arminda Mangandi kwenda vo Jesus Matende. Horácio dos Reis waka kovikwata vileñi

Gravidez precoce e o balanço do primeiro ano das eleições gerais de 2017 foram os temas centrais no dia 23.08.2018 da edição nº 12 do programa Popya Otchili (em português, diga a verdade), na Rádio Ecclesia de Benguela, emissora da igreja Católica. Gociante Patissa, escritor e actor social, foi o convidado da mesa redonda, que contou também com a intervenção de ouvintes ao telefone. O trio que conduz o Popya Otchili é composto por João Guerra Sokópya, Arminda Mangandi e Jesus Matende. Tecnica de som de Horácio dos Reis. | www.ombembwa.blogspot.com
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sábado, 8 de setembro de 2018

(áudio sem download) Mesa redonda em língua Umbundu POPYA OTCHILI nº 12 Radio Ecclesia Benguela com Gociante Patissa 2018

Veteke lya lyakwim vavali la tatu, kosãi ya Kanyenye, vunyamo wolohulukãi vivali kekwim lecelãlã, ocipama citukwiwa eti Popya Otchili cakonga Gociante Patissa ndukusinumunlã evi vyatyama kokumina lovotila kwenda vo ndokusapela kwevi viletiwe kaliye okuti papita ale ulima tunde apa ocela caimbiwa vo feka yo Ngola. Ocipama Popya Otchili cendisiwa la João Guerra Sokópya, Arminda Mangandi kwenda vo Jesus Matende. Horácio dos Reis waka kovikwata vileñi
Gravidez precoce e o balanço do primeiro ano das eleições gerais de 2017 foram os temas centrais no dia 23.08.2018 da edição nº 12 do programa Popya Otchili (em português, diga a verdade), na Rádio Ecclesia de Benguela, emissora da igreja Católica. Gociante Patissa, escritor e actor social, foi o convidado da mesa redonda, que contou também com a intervenção de ouvintes ao telefone. O trio que conduz o Popya Otchili é composto por João Guerra Sokópya, Arminda Mangandi e Jesus Matende. Tecnica de som de Horácio dos Reis. | www.ombembwa.blogspot.com
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(áudio com download) UMBUNDU | OMBANGULO LUSONEHI (entrevista em língua Umbundu com escritor) GOCIANTE PATISSA, 2018

UMBUNDU | Ombangulo yaendisiwa vingungu vyo Lupito la António Firmino "Tula". Cakala veteke lyakwim vavali la mosi, kosãi ya Kanyenye, vunyamo wolohulukãi vivali kekwim lecelãlã. Vavangula kweci catyama kungende usonehi Gociante Patissa vofeka yo Brasil, muna akayevalisile ovihilahila vyetu konepa yakongamelã, vocipito co FLIPELÔ (Festa Literária do Pelourinho), kolupale wo Salvador, oluhumba wo Bahia, tunde veteke lya 08 toke ko 12 vosãi yaco ya Kanyenye. Eye wakongiwa lo Seketa Yovituwa Kwenda Olomapalo yo nguvulu (Secretaria de Estado da Cultura), vulala wocisoko co Fundação Pedro Calmon

PORTUGUÊS | Entrevista na Rádio Lobito conduzida António Firmino “Tula”, a 21/08/2018. Trataram da viagem do escritor Gociante Patissa ao Brasil, onde palestrou sobre a literatura angolana na FLIPELÔ (Festa Literária do Pelourinho), na cidade de Salvador, de 8 a 12 de Agosto, a convite da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, por intermédio da Fundação Pedro Calmon | www.ombembwa.blogspot.com
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(áudio sem download) UMBUNDU | OMBANGULO LUSONEHI (entrevista em língua Umbundu com escritor) GOCIANTE PATISSA, 2018

UMBUNDU | Ombangulo yaendisiwa vingungu vyo Lupito la António Firmino "Tula". Cakala veteke lyakwim vavali la mosi, kosãi ya Kanyenye, vunyamo wolohulukãi vivali kekwim lecelãlã. Vavangula kweci catyama kungende usonehi Gociante Patissa vofeka yo Brasil, muna akayevalisile ovihilahila vyetu konepa yakongamelã, vocipito co FLIPELÔ (Festa Literária do Pelourinho), kolupale wo Salvador, oluhumba wo Bahia, tunde veteke lya 08 toke ko 12 vosãi yaco ya Kanyenye. Eye wakongiwa lo Seketa Yovituwa Kwenda Olomapalo yo nguvulu (Secretaria de Estado da Cultura), vulala wocisoko co Fundação Pedro Calmon

PORTUGUÊS | Entrevista na Rádio Lobito conduzida António Firmino “Tula”, a 21/08/2018. Trataram da viagem do escritor Gociante Patissa ao Brasil, onde palestrou sobre a literatura angolana na FLIPELÔ (Festa Literária do Pelourinho), na cidade de Salvador, de 8 a 12 de Agosto, a convite da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, por intermédio da Fundação Pedro Calmon


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terça-feira, 4 de setembro de 2018

Ensaio | Recolha de provérbios umbundu em «Fátussengóla, o homem do rádio que espalhava dúvidas», de Gociante Patissa

Gonçalves Handyman Malha, Luanda, 04.09.2018

«Nda wanda, kukame ondalu: vasala vayota»: se tu vais, não apagues o fogo: os que ficam aquecem-se.

Já que se vai falar sobre o uso de provérbios no livro de Gociante Patissa, o melhor foi iniciar com um provérbio, em que se abre uma ponte reflexiva aos egrégios leitores para que possam transmitir aos mais novos tudo o quanto lhes foi ensinado.

Destarte, baseando-se no Dicionário Electrónico de Português Houaiss (2017), entende-se por provérbios, como frases e expressões, geralmente, curtas e de origem popular, que sintetizam um conceito a respeito da realidade, regra social ou moral. Tais frases ou expressões são parte da cultura popular de um determinado povo, transmitidos de forma oral ou escrita às gerações mais jovens pelas mais idosas. As mesmas transmitem conhecimentos comuns sobre a vida, educam, edificam, exortam e ajudam a reflectir. Muitos desses provérbios constituem aquilo que muitos mais velhos são hoje.

Sentados à volta de uma fogueira ou imbondeiro, eram contados vários contos, provérbios, anedotas, lendas e adivinhas, assim eram transmitidos os conhecimentos de forma oral aos mais novos. Com o passar do tempo e a forte influência da globalização, tal prática caiu em desuso, e assim a nova geração acabou por perder o fio das nossas origens, deixando-se levar pelas origens estrangeiras. Hoje, os jovens, com a idade compreendida entre os 15 aos 19 anos de idade, estão tão longe daquilo que os mais velhos foram na juventude e, por consequência, muitos têm dificuldades de assumir a sua identidade cultural.

Afirmou Jofre Rocha, numa entrevista concedida à Lavra & Oficina, que «a Literatura é um veículo fundamental para levar o povo a reencontrar a sua identidade, liberto de complexos e preconceitos, valorizando as tradições mais positivas e a cultura em geral». E a tradição oral (ainda) constitui uma das pontes que visa permitir aos angolanos o resgate da idoneidade cultural que cada etnia possui. Geralmente, designa-se por literatura tradicional oral angolana o conjunto de todos os contos, lendas, fábulas, provérbios, advinhas, poesias, narrativas criadas pela alma artística do povo angolano, e foram transmitidas oralmente de geração a geração. A literatura tradicional oral angolana é uma marca que rompeu as barreiras da vida e a mesma trouxe um mundo imaginário e a realidade das culturas dos povos indígenas.

Schipper (2011, p. 14) afirma que a função dos provérbios na literatura oral é reforçar o argumento do autor, animar a história ou explicar alguma situação ou comportamento.

Na baila do livro «Fátussengóla, O Homem do Rádio Que Espalhava Dúvidas», o escritor relaciona os provérbios com os factos sociais e o enquadramento da língua Umbundu para melhor expor uma ideia ou enriquecer os seus contos. É um livro composto por catorze contos, lançado no ano de 2014 sob chancela do Grecima e apurado no concurso de originais para colecção «11 Novos Autores», no quadro da Bolsa Ler Angola. O livro marca a literatura angolana pelo modo como o escritor desenrola os contos e pelas marcas de angolanidade que nela podemos encontrar.
Segue-se abaixo uma lista de provérbios em Umbundu com a respectiva tradução original da obra em análise de Gociante Patissa.

1. «Camãnle calinga eti mbanje, ka calingile eti mopye»: coisa alheia é para ver apenas, não para falar. 
2. «Ina yukwene, ndaño onima ndopalata, ka lisoki la wove»: mesmo que a mãe do outro brilhe como a prata, jamais substituirá a tua. 
3. «Ka mwinle ongongo ka kolele»: quem não sofreu não amadureceu. 
4. «Kapiñãlã ka lisoki la mwenle»: substituto é inferior ao dono. 
5. «Ocilema vacitaisa, ka vawutola»: que o aleijado nasça na família, não se acolhe de outrem. 
6. «Ocili viso»: verdade é o que for visto.
7. «Ombwa ka yiwulila cahenlã»: cão não ladra por algo que passou ontem.
8. «Otembo ka yilyalya camãle»: aquilo que o tempo tirar, o tempo vai devolver. 
9. «Soma wakava okuyeva kowiñi, oyongola okuyevelela kongolo»: o Rei fartou-se de ouvir o povo, agora quer conselhos do seu próprio joelho. 
10.  «U kwendi laye ka kukutila ko epunda»: não te prepara a trouxa quem contigo não viaja.

Os provérbios na língua vernácula trazem na sua essência três partes. A primeira são os provérbios na língua de origem, a segunda na língua traduzida (sem perder o sentido original) e a terceira, a moral do provérbio. Tratando-se de uma obra literária em que o escritor traz as duas primeiras partes da essência, questionamos o escritor, Gociante Patissa, o porquê do não enquadramento da terceira parte.

Por outra, o Umbundu é a língua dos Ovimbundu, grupo sociocultural que está localizado no centro-sul do país, ou seja, no Planalto Central e nalgumas áreas adjacentes, especialmente na faixa litoral, a Oeste do Planalto Central. Uma região que compreende as províncias do Huambo, Bié e Benguela. Por essa razão, entendemos o uso dos provérbios na língua Umbundu, pois é a língua da região do escritor do livro em questão, visando valorizar e divulga-la.

Sendo o Umbundu “…a segunda língua mais falada em Angola (a seguir ao português) com 5,9 milhões de falantes (22,96% da população)” (https://pt.mwikipedia.org/wiki/Línguas_de_Angola), propomos um desafio ao escritor para que também implemente nas suas futuras obras as outras línguas regionais de Angola, como requisito de valorização e divulgação das nossas línguas.

Outrossim, podemos dizer que os provérbios retirados da obra «Fátussengóla, O Homem do Rádio Que Espalhava Dúvidas» têm uma finalidade educativa e muito reflexiva sobre a vida, e também visam incutir valores éticos e morais às novas gerações para que sejam bons cidadãos na sociedade.
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domingo, 2 de setembro de 2018

Foto-reportagem | NOITE CULTURAL "COOL FRIDAYS" HOMENAGEIA O ESCRITOR GOCIANTE PATISSA

A quarta edição do evento denominado Cool Fridays, que teve lugar na zona alta da cidade do Lobito, província de Benguela, na noite de sexta-feira, 31/08 e madrugada de sábado, 01/09, homenageou Gociante Patissa, escritor benguelense, pelo conjunto da sua obra nos campos da literatura, comunicação e investigação científica. O projecto Cool Fridays, de periodicidade quinzenal, é uma iniciativa privada encabeçada pelo professor e palestrante Félix Félix M. Kibeka, numa parceria com o estabelecimento comercial do empreendedor José Pires Bongue

Vários empresários patrocinam o projecto, sendo que ao homenageado coube, para além da menção honrosa, um conjunto de regalias, como quem vence um concurso, nomeadamente, uma resma de papel A4, uma pen drive, brindes publicitários com o seu nome, a garantia de uma manutenção da sua viatura, dois cortes de cabelo, 40 litros de gasolina para a sua viatura, uma refeição a dois, bem como uma pernoita numa das unidades hoteleiras da cidade do Lobito. 

Em jeito de retribuição, o escritor ofereceu ao mentor da Cool Fridays um exemplar da sua narrativa mais extensa, Não Tem Pernas o Tempo, editado pela União dos Escritores Angolanos em 2013. Pelo palco da quarta edição passaram diversos atractivos, com realce para a promissora Laynayah, acompanhada pelos acordes do violão de Mute. 

Aproximadamente uma centena de convivas testemunhou o evento, entre os quais amigos, artistas, jornalistas, académicos, sem falar de admiradores da sua obra. A família do homenageado esteve representada pelo seu irmão mais novo, Samuel Patissa

Emocionado pelo gesto, Gociante Patissa, chorão por excelência, cuidou de agradecer o carinho. Disse tratar-se de um simbolismo de valor incalculável e ao mesmo tempo uma dívida social no sentido de continuar a dar o melhor de si. Ainda era só isso. Obrigado  | Benguela, 02 de Setembro de 2018 | www.angodebates.blogspot.com
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A Voz do Olho Podcast

[áudio]: Académicos Gociante Patissa e Lubuatu discutem Literatura Oral na Rádio Cultura Angola 2022

TV-ANGODEBATES (novidades 2022)

Puxa Palavra com João Carrascoza e Gociante Patissa (escritores) Brasil e Angola

MAAN - Textualidades com o escritor angolano Gociante Patissa

Gociante Patissa improvisando "Tchiungue", de Joaquim Viola, clássico da língua umbundu

Escritor angolano GOCIANTE PATISSA entrevistado em língua UMBUNDU na TV estatal 2019

Escritor angolano Gociante Patissa sobre AUTARQUIAS em língua Umbundu, TPA 2019

Escritor angolano Gociante Patissa sobre O VALOR DO PROVÉRBIO em língua Umbundu, TPA 2019

Lançamento Luanda O HOMEM QUE PLANTAVA AVES, livro contos Gociante Patissa, Embaixada Portugal2019

Voz da América: Angola do oportunismo’’ e riqueza do campo retratadas em livro de contos

Lançamento em Benguela livro O HOMEM QUE PLANTAVA AVES de Gociante Patissa TPA 2018

Vídeo | escritor Gociante Patissa na 2ª FLIPELÓ 2018, Brasil. Entrevista pelo poeta Salgado Maranhão

Vídeo | Sexto Sentido TV Zimbo com o escritor Gociante Patissa, 2015

Vídeo | Gociante Patissa fala Umbundu no final da entrevista à TV Zimbo programa Fair Play 2014

Vídeo | Entrevista no programa Hora Quente, TPA2, com o escritor Gociante Patissa

Vídeo | Lançamento do livro A ÚLTIMA OUVINTE,2010

Vídeo | Gociante Patissa entrevistado pela TPA sobre Consulado do Vazio, 2009

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