Gabriel Tchiema
destacou em Saurimo, província da Lunda- Sul, “a necessidade de uma estratégia
bem definida, quer por parte do Estado, através do Ministério da Cultura, quer
dos artistas, para a escolha de mercados internacionais atractivos e receptivos
à internacionalização da música angolana.”
Texto:
Jornal de Angola,
26 de Setembro, 2018 | foto: Jovens da
Banda
Em declarações à Angop, à propósito do actual estado da
cultura angolana, Gabriel Tchiema considera “fundamental olhar para o mercado
internacional e compreender que tipo de estratégias de exportação se podem
adoptar, mediante os objectivos, tipo de música e artistas que se pretende
internacionalizar.”
O também director da Cultura na Lunda-Sul, sublinhou que “o processo de internacionalização da música angolana vai continuar a debater-se com a ausência de reconhecimento da sua importância, com a consequente falta de apoios estatais ao necessário investimento exportador.”
Para Gabriel Tchiema é indispensável a criação de fontes de recursos financeiros, para que os músicos possam criar estruturas que lhes permitam estabelecer parcerias com artistas já projectados no mundo.
O artista afirmou que, neste momento, “o que está a ser internacionalizada é a música feita em Angola.”
“Os mercados mais exigentes, como a Europa, América e alguns países africanos, ainda não consomem a música angolana, daí, que considero incoerente quando alguns músicos aparecem em público a afirmar que estão a internacionalizar-se, porque fazer um espectáculo fora do país, na maioria das vezes para as comunidades angolanas, não define a internacionalização da música angolana”, frisou.
Reconheceu, que já houve momentos em que a música angolana, a original, como o semba, por exemplo, estava a caminhar para a internacionalização, através de Waldemar Bastos, Bonga e Paulo Flores.
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