Com a alocação
de cerca de 2,1 bilhões de dólares namibianos, equivalentes a 150 USD milhões,
o Banco Nacional de Angola (BNA) reduz para metade o que ainda falta pagar, que
são cerca de 4 biliões. Junho de 2018 é o prazo acordado para dar por encerrada
a conversa.
A boa-nova
foi avançada pelo Governador do the Bank of Namibia, Ipumbu Shiimi, na
quarta-feira (26/10), citado por dois títulos da imprensa local, nomeadamente o
jornal online Republikein
e o The
Southern Times, e retomado pela televisão estatal NBC1. Trata-se, para já, de uma informação que tem causado visível júbilo, por alavancar para 31 biliões
de dólares namibianos as reservas daquele país cuja economia financeira se ressente
dos efeitos da crise financeira angolana, agora que o petróleo vai em baixa e o
acesso a divisas praticamente colapsou.
Já do
lado angolano, consta que o assunto não tem merecido o mesmo destaque, não
sendo possível divisar se devido a alguma estratégia do departamento de comunicação
e marketing do BNA em manter discrição sobre o avanço no dossiê ou se apenas
pela barreira da língua no que se refere ao consumo de conteúdos em inglês.
A dívida
surgiu na sequência do fracassado acordo de 18 de Junho de 2015, que teve como
mentor o então governador da província angolana do Kunene, António Didalelwa,
para permitir a conversão cambial no circuito bancário entre o kwanza e o dólar
namibiano. Em boa hora, a medida facilitou a intensa actividade comercial na
região fronteiriça de Santa Clara, sul de Angola, e na província de Oshikango,
Norte da Namíbia. Seria bem pensado, porém bom demais para durar.
Poucos meses
após a sua implementação, as autoridades namibianas viram-se forçadas a
suspender o acordo, alegando que estariam a registar a entrada de montantes
significantivos de kwanzas no seu país, sem se observarem, no entanto, medidas de
segurança para enfrentar os desafios previstos no protocolo assinado pelos dois
bancos.
NOTA DO
EDITOR DO BLOG www.angodebates.blogspot.com
:
A mim
como cidadão educado por uma mãe camponesa com elevado padrão de ética, de quem
aprendeu que nunca deveríamos esperar que nos cobrassem para honrarmos a dívida
que um dia contraímos, faz-me sentir muito bem saber que o meu país, Angola,
está a honrar o que deve à República da Namíbia. Trata-se, pois, de um quesito
que tem vindo a chamuscar as boas relações com o país vizinho, de história comum
de bravura na guerra anti-colonial e ao qual muitos angolanos acorrem à procura
de melhores serviços de saúde, de educação, já sem falar daqueles que fizerem
da terra de Nujoma a sua segunda e definitiva pátria.
Gociante Patissa, 30.10.2017 |
A quem possa interessar na classe jornalística, aqui vão os links que sustentam
a manchete de 26 de Outubro
Para fins de encaixe https://www.namibian.com.na/index.php?page=archive-read&id=144955
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