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Aqui, entre nós, nem o de cabeceira. Por isso temos o país que
temos, escritores mais conhecidos do que a sua obra, fazem propaganda de si e
pronto, ninguém os lê. Aliás, livro que vende mil exemplares é best seller por
cá. E somos quase trinta milhões de almas.
Neste país cada jornal deveria imprimir cem mil exemplares, mas
nada. Nem pensar. O papel está demasiado caro, a impressão é só para quem paga
pró bónus, sem busca de lucro. Senhor Presidente, cá vai o meu pedido: Uma nova
política do livro.
Uma política que torne o livro um bem essencial, que promova os
nossos escritores, que leve as pessoas a ler, que faça da leitura o mais
importante pilar na edificação do cidadão e da sociedade, porque o é. Um povo
que não lê nunca corrigirá o que está mal.
Fonte: Jornal
O País, Luanda, 03 Janeiro 2019
(*) O autor é também o director do segundo diário
angolano, que é propriedade do grupo privado Medianova
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