Enquanto se aguarda por uma segunda viatura para regressar à casa, depois de apreciar no Cinemax do Kero de Benguela um filme infanto-juvenil, os sobrinhos sugerem tirar fotos no parque de estacionamento para registar a socialização para a posteridade. Aí é que entra o guarda, armado mas bem educado, a proibir. Porquê? Porque está escrito. "É preciso pedir com adecedência", diz ele. Mas pedir autorização a quem? "Na Direcção mesmo". Caculando que talvez se devesse ao tamanho da minha máquina fotográfica semi-profissional, atiro: mesmo que seja para fins familiares? "Sim, é mesmo isso, é preciso autorização." Parece ridículo e nada melhor que ridicularizar: e se fosse uma selfie com telemóvel, também teria de pedir autorização? "Sim." Não gostando de desautorizar ninguém em posto de trabalho, acedi à "ordem" do segurança e fui ler o cartaz a que este post faz referência. Honestamente, não vejo que prejuízos à imagem do Kero de Benguela é que uma selfie tirada no parque (vazio) de estacionamento representa, ainda mais numa era em que um simples botão de lapela de qualquer casaco ou blusa pode fazer fotografias ou vídeos em investigação forense. Só pode ser uma reprodução de práticas de excesso de zelo do tempo de guerra em que imperava o estatuto de "objectivos estratégicos", no que entravam os aerportos, as barragens e afins. Portanto, menos, caros gestores, muito menos! Ainda era só isso. Obrigado
Daniel Gociante Patissa (cidadão e cliente) | http://angodebates.blogspot.com/
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