Lídia da Silva |
Lídia da
Silva e três outras raparigas, uma das quais sonoplasta, destacaram-se entre as
duas centenas de jovens que vão surgindo para o teste. “Quando ouvi que deram continuidade ao projecto anterior, há um ano,
vim para cá”, conta. O Blog Angodebates quis saber como se sentia com a não
abertura de facto, já que a maioria dos angolanos não está familiarizada com a
Internet, onde ouviria a emissão online. “Dizer
que me sinto bem, se calhar, estaria a mentir, uma vez que o nosso trabalho só
é ouvido em Luanda, e quando vamos entrevistar, o público tem expectativa de
acompanhar os seus pronunciamentos”, confessou.
Hipólito Pinto |
Da mesma
tristeza alinha Hipólito Pinto, 27 anos, que se juntou à equipa há um ano, atrás de
um sonho. Hoje é repórter, locutor e entende de sonorização. “Me deixa muito
triste. Se pudéssemos fazer qualquer coisa para abrir essa rádio, faríamos. Mas
estamos também expectantes. À medida que caminhamos, acreditamos que o dia da
abertura está quase”, disse.
António Mateus |
António
Mateus, 22 anos, é outro polivalente. “É
um sonho que sempre tive, ser profissional da comunicação social, não digo
apenas em rádio, mas agora vejo que a rádio é uma paixão, é aqui que estou a
dar os primeiros passos”, revelou, para logo falar do impasse da abertura: “É uma pena. Conheço bem o país, como ele
está a andar. E sabemos que as causas da não abertura da rádio, se a gente
comenta, cria uma certa polémica”, referiu.
Samuel Quijingo |
Samuel
Quijingo, 31 anos, desdobra-se entre a informação e o entretenimento, sendo o animador
do programa vespertino “geração fantástica”, emitido em directo via Internet. Encara
a realização profissional como uma soma de pequenos passos, pelo que, para quem
veio de uma empresa privada de comercialização de perecíveis, está realizado. “Porque me sinto que comecei, estou seguro
na classe jornalística”, sentenciou. “Como
tenho familiares e amigos em Luanda, sinto que o trabalho é bem recebido pela
sociedade”, confessa.
Luciano Cambimbi |
Luciano
Cambimbi, 29 anos, é da leva que em 2004 acabou vendo o sonho desmoronar. Teria
razões para se sentir frustrado, mas, antes, voltou a embarcar nova fase do
projecto. “As condições parecem mais
sérias do que no projecto anterior, não digo que antes não fossem. Mas é que
agora, até, já conseguimos enviar matérias para Luanda, temos um espaço concreto
na grelha da Rádio Ecclesia”, assegura. “Há
vontade de aprender e aprender mais, para não termos contratempos quando isso abrir”,
acrescenta o também editor religioso.
Gociante
Patissa, Benguela, 03/12/11
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