Regressado por volta das 14h00 do Lobito, onde investi a manhã
com o rotineiro passeio até à ponta da Restinga, seguido de uma paragem em casa
da mamã, tirei a tarde para cumprir a segunda parte da promessa de passear com
sobrinhos. Muito gelado e espreitadela à praia (sem mergulhar, ainda).
Pelo Caminho da Baía Azul constatamos com agrado as obras de
ampliação da rodovia, que vai do cine Kalunga à vila da Baía Farta.
A turística Baía Azul recebeu-nos, alegre, com diversidade de visitantes, enfim, tudo para termos um dia diferente. Fomos até ao topo norte, de onde se aprecia a imensidão do oceano e, ao longo do arco, a ligação com a piscatória Baia
Farta. Infelizmente, fomos forçados a dar meia-volta, porque ali mesmo, sítio tão de todos, às 16h00, havia um Jeep com casal a ter relações sexuais.
Entusiasmadas as sobrinhas pelo colorido de um lodge ao
longo do troço, não tive outra alternativa senão desviar até este. Portão aberto,
ninguém para dar satisfação, crianças brincando, alegres, no fundo do quintal. Conclusão:
podia-se lá ter e apreciar os animais da selva e as belas plantas.
Errado. Uma matilha surgiu do meio do nada para desencorajar os curiosos, que
ficaram a salvo graças à atenção dos guardas. Acabou tudo em sorrisos.
De volta, pelas imediações do antigo posto de controlo, no
desvio que se tornou obrigatório para o acesso à Baia Farta enquanto durarem as
obras da via, estava montado o cenário de fatal acidente. Estatelado no
asfalto, o cadáver aguardava-se pela polícia de trânsito. Sem camisa,
provavelmente pelo ambiente de praia, o finando vinha ao volante de uma
motorizada Delop, que embateu forte e feio contra um turismo.
Foi um dia memorável. Espero, na minha qualidade de tio que
passa mais tempo na conversa com computadores e turbinas de avião, voltar a
proporcionar um passeio melhor, ou no mínimo igual a este, no ano que vem. É uma
pena que me tenha esquecido de levar a máquina fotográfica.
Gociante Patissa, Benguela, 4 de Dezembro de 2011
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