
"Assistiram ao ato de lançamento da obra, decorrido no auditório da Rádio Benguela, para além do secretário-geral da UEA, Carmo Neto, o escritor Francisco Soares, o reitor da Universidade Katyavala Bwila, poetas, trovadores, estudantes, familiares e amigos."
O apresentador da obra é noticiado como tendo assistido ao seu lançamento. A nomeação dos que assistiram ao lançamento começa pelo escritor Francisco Soares, seguindo-se "o reitor da Universidade Katyavala Bwila", invertendo a ordem protocolar das referências. A presença de jornalistas, declamadores e músicos, que atuaram no evento, é completamente ignorada. Realmente, quem se quiser informar através da Angop fica no mínimo com uma ideia distorcida e empobrecedora do que se passou.
Mas não só. O Jornal de Angola, oficial, oficioso e único diário do país, apesar de estar representado no evento por um jornalista que elaborou matéria própria, limita-se a republicar a notícia da Angop na íntegra, com uma foto do escritor Carmo Neto que não foi tirada no evento e, sob a foto, a notícia de que o Secretário-geral da UEA tinha apresentado essa obra em Benguela (o que, não sendo verdade, é a conclusão a tirar por quem só leu a notícia da Angop).
Estes factos tornam-se um exemplo claro do mau jornalismo que ainda se pratica muito em Angola e da razão pela qual ele subsiste.
Do Blog "a ruga e a mão" http://arrugamao.blogspot.com/2010/09/noticia-exemplar.html
0 Deixe o seu comentário:
Enviar um comentário