Em 2008, um oficial da Polícia de Viação e Trânsito disse durante um debate por mim moderado que "quatro em cada 10 acidentes envolvem um kupapata (taxi motorizada) |
Ia eu com o carro no eixo da via, na rua de Angola, cidade de Benguela, ali pelos Bombeiros, com a devida sinalização luminosa (pisca), quando um soldado das Forças Armadas (cabo de patente), ao volante de uma motorizada Delop, entendeu ultrapassar dois carros de uma vez.
De tão estreita a estrada, não lhe permitiu notar a minha posição. Por acaso o vi pelo retrovisor, mas travar no meio da estrada me colocaria à disposição de ser arrastado pelo camião que vinha da Rotunda do Kalunga. Fiz o desvio planeado e o motoqueiro embateu contra o meu velhito rabo de pato, tendo quebrado o farol. Vi o filme, que não se recomenda a menores de 18 anos logo pela pela manhã.
O condutor da carrinha que vinha atrás de nós parou e me deu uma ordem clara: "meu irmão, você vai, esses homens andam à toa. Você piscou". Fiz uma rápida inspecção e vi que nada de grave havia acontecido. Meti a primeira e segui para o serviço, o tipo me segue, obrigando assumir as despesas do farol. Mais palavras, menos palavras, lembrei-me da cor da minha farda, muito parecida à da polícia. Foi então que (de cara trancada, tipo autoridade, né? heheh), desci do carro (ligeiramente riscado, quando nem fez um mês que chegou da repintura) e lhe disse: "nesse caso, vamos chamar a polícia". O tipo, que vinha sem capacete, e provavelmente sem os documentos "em dia", deu meia volta e foi. Uff!! Que chato.
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Trânsito e malandragem, tem em qualquer lugar do mundo.
Primeira vez que leio uma crônica em português escrito por um angolano (presumo que tenha sido escrita por um no blogue de Angola). Entendi tudo e isso é bom.
Abraços.
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