A voz e o sentido de humor mantêm-se intactos, enquanto o corpo aos poucos como tem sido nos três últimos anos, só que agora com passos cada vez mais acelerados, cede. À insuficiência renal somou-se a trombose, que no período de três anos o atacou em igual número de vezes. O lado direito é o mais visível, numa sequela que quebra o ritmo da perna direita. Como se não bastasse isso, vê-se também assolado por ondas de amnésia. "Às vezes, quando quer o telemóvel dele, pede relógio, e nós já sabemos que ele quer o contrário", conta a esposa, também esperançosa quanto à recuperação do marido.
Fernando Pires da Graça, o nosso lobitanga "Diabick", há três anos deu entrada numa clínica de referência em Luanda, onde reside, com apoio financeiro (USD 10 mil) da Ministra da Cultura, a também lobitanga Rosa Cruz e Silva, seguindo posteriormente em viagem para Luanda.
"Ene a manu, tukuati ño o henda", uma vez em Umbundu cantou Diabick, que agora oportunamente traduzimos: "ó gente, tenhamos compaixão".
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