Antes mesmo da partida, o Presidente da República, José Eduardo dos Santos, foi o primeiro angolano a ser distinguido pela Confederação Africana de Andebol, no caso particular pelo seu contributo à modalidade.
Numa partida considerada por vários analistas como sendo equilibrada, as ivoirienses que entraram a marcar e que viriam empatar no princípio ainda, a sete golos, dignificaram a festa. Sobe assim para quatro o número de vezes que as costamarfinenes cruzam e perdem numa final com as nossas "ganha-tudo". Reza a história que a primeira vez foi na Argélia (1989) e a mais recente em Casablanca (2002). É caso para dizer, deste trono a gente não se mexe!
Já a mesma proeza não teve a selecção Masculina da modalidade que não foi além do quarto lugar. No mesmo dia e local, na categoria masculina, a selecção do Egipto bateu na final a sua similar da Tunísia por 27-25.
Como selecção, as meninas douradas que, pela estética do seu andebol e tradição de vitórias, são o sétimo combinado mais potente do mundo em andebol, confirmam assim a sua hegemonia na modalidade. Estamos a falar de uma selecção que "impõe" quatro atletas, das sete necessárias, para constituir "a equipa inicial dos sonhos" do continente (ao lado de duas congolesas-democráticas e uma tunisina), a mesma selecção que detém a melhor guarda-redes do continente (Maria Odeth Tavares) bem como a melhor jogadora (no caso, Nair Almeida, que se iniciou nas escolas de massificação do Lobito).
Talvez seja a única selecção no continente (por que não do mundo?) que se pode gabar de alinhar três irmãs, com foi com as Kiala.
Não abrindo mão aos pormenores, Ilda Bengui, uma das mais antigas vedetas da Selecção angolana, anunciou já o fim da sua carreira, decisão imediatamente considerada "prematura" pelo narrador da TPA em serviço que, "ironizando", exigiu uma solicitação formal para tal autorização. A dança da família, sempre presente em cada triunfo, desta vez não contou com as presenças das atletas Larissa e Bombo Calandula, que se lesionaram longo da Competição.
Este Blog, cujo editor se encontrava em Luanda por ocasião da final, esteve (por via da telepatia e da energia patriótica positiva) com as selecções, jogando como Nação, para triunfar como Continente. No andebol, em África mandamos nós!
Gociante Patissa
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