terça-feira, 26 de julho de 2022
Victor Manuel Patissa (26 Julho 1946 - 21 Julho 2001). Saudações, meu patriota, a partir deste lugar onírico chamado Pátria, tão maior que qualquer mortal, como bem cedo legaste aos teus com uma vida de só sacrifícios consentidos. E seguiremos honrando à altura dos nossos limites em tua memória e virtudes🇦🇴🇦🇴🇦🇴
domingo, 24 de julho de 2022
A propósito da requalificação do Museu Nacional de Arqueologia em Benguela
Pedem-me para tecer algumas palavras sobre a requalificação do Museu Nacional de Arqueologia, localizado na cidade e província de Benguela, Angola. Ora pois, considero ser uma intervenção pertinente para responder ao desafio de tornar os museus cada vez mais atraentes e até mesmo auto-sustentáveis, na sua função de santuário especializado do ramo científico em que se inserem.
O também conhecido como antigo armazém de escravos guarda ainda uma narrativa, do ponto de vista do seu funcionamento, em certa medida ligada ao desenrascar, dada a carência generalizada com que se vem debatendo. Pelo que a nova era vem também homenagear os homens e mulheres que ao longo dos anos dão o seu cunho pessoal para a preservação daquele Museu, aqui com particular realce a Pais Pinto (já falecido). Vale lembrar a proeza de terem saído desse elenco duas Ministras da Cultura, as académicas Rosa Cruz e Silva e Maria Piedade de Jesus.
De resto, para quem já teve a oportunidade de visitar a Europa, salta à vista o grande investimento na museologia, feito não só por iniciativa singular dos Estados, mas também com fundos da própria União. E realmente nós só temos a ganhar imitando bons exemplos, para bem do saber e da preservação do nosso acervo nos planos nacional e internacional.
A localização do Museu Nacional de Arqueologia numa zona emblemática da cidade (ao lado do Palácio do Governador e da Praia Morena, também alvos de requalificação) constitui um cartaz de boas-vindas para o turista, embora para mim o valor dos monumentos seja ainda maior quando estes residem no coração do cidadão comum, do ponto de vista da sua função social e da identificação. Por isso, vejo que a obra representa, fundamentalmente, uma oportunidade de demonstrar lisura e boa governança na gestão de fundos públicos, com vista à consolidação de um país cada vez mais comprometido com a ética republicana, a transparência e demais valores de cidadania.
Faço parte de uma geração que se descobriu na sua vocação da escrita criativa e de comunicação social ali mesmo no pátio do Museu Nacional de Arqueologia, que nos anos 90 serviu de cenário de gravações do programa infanto-juvenil Comboio de Amizade, da Televisão Pública de Angola.
Gociante Patissa | 24 Julho 2022 | www.angodebates.blogspot.com
sábado, 9 de julho de 2022
sexta-feira, 8 de julho de 2022
[poema inédito] MOSCOVO A BARCELONA
Entre Moscovo e Barcelona
Voa a mortalha
Ou o chamado da soberania
da saúde
para a saúde
da soberania
Ngolêh
Entre Moscovo e Barcelona
Angola e a mortalha
“humbi-humbi”
Ou o havemos de voltar
Que conta netos
Nas paredes e nos homens
Palácio Pegasus
Quatro décadas d’envergadura
Moscovo a Barcelona
Solene indagação
Em paz
E os santos de casa?
A nós resta sonhar
“Kakele ka cimbamba”
Até que um dia
Até que um dia
Porque
“Cilanda ongombe citunda vonjo”
Peleje meu hospital
ao suspiro final
Do mais alto
Também.
Gociante Patissa | Luanda | 10 Setembro 1979 - 08 Julho 2022| www.angodebates.blogspot.com
Línguas, gelos e labaredas
Gociante Patissa, in «Guardanapo de Papel», 2014, pág. 42. NósSomos. Vila Nova de Cerveira, Portugal
sábado, 2 de julho de 2022
A acontecer: GOCIANTE PATISSA AUTOGRAFA O HOMEM QUE PLANTAVA AVES
Aguardamos por si na Cozinha da Leitura para a sessão de autógrafos e tertúlia à volta do livro de contos O HOMEM QUE PLANTAVA AVES. Vamos a
té às 13h de hoje, sábado, no Kassenda, Luanda, rua 24 (fo CIRA ( iniciativa da Editora Acácias). Venha adquirir o seu exemplar por 3.900 Kz. 👏🏻👏🏻🇦🇴
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