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A partir de Novembro o salário mínimo passa para 18 mil e “qualquer coisa”, contra os anteriores 14 “e tal”, para a satisfação da responsável da comissão sindical. No centro da polémica estava a exigência da uniformização salarial (para os angolanos) entre Benguela e Luanda. Pior que isso, ao que consta, é a “colossal” discrepância em relação ao que os brasileiros auferem, de quem se diz receberem USD 300 só por semana.
Aumento sim, mas não será para já a uniformização, facto confirmado pela voz autorizada do “império”, o cidadão Brasileiro Luís Bueno. Em Luanda o salário mínimo é de 20 mil “e alguma coisa”, enquanto que em Benguela ficou-se pelos 18 mil e “alguns troquinhos”.
«Quando a gente chega numa área procuramos estudar o custo de vida. E notamos que em Benguela (2003), inicialmente era 20% menos caro do que Luanda», justificou-se mais ou menos nestes termos o dirigente. Quanto à “mordomia” dos brasileiros, disse, «não corresponde com a verdade», para acrescentar perante a insistência do repórter que «eles recebem o correspondente em reais, que é a moeda do Brasil», quer dizer, «não recebem aqui os salários, mas apenas um adiantamento e dinheiro para questões de higiene». Mas então quanto ganham? «Depende da sua função, podem ganhar cem ou duzentos dólares», finalizou com o habitual sotaque melódico.
Ora, Luís Bueno pode ser até um bom gestor, mas revelou grande falta de honestidade, diga-se mesmo respeito, para com os angolanos. Trazer brasileiros, supostamente técnicos, para auferirem o equivalente a sete ou 15 mil kwanzas, nem em coma alguém acreditaria. Logo, com o todo respeito que temos pela qualidade de algum do seu trabalho, a Odebrecht até podia ter mentido melhor!!!!
Ora, Luís Bueno pode ser até um bom gestor, mas revelou grande falta de honestidade, diga-se mesmo respeito, para com os angolanos. Trazer brasileiros, supostamente técnicos, para auferirem o equivalente a sete ou 15 mil kwanzas, nem em coma alguém acreditaria. Logo, com o todo respeito que temos pela qualidade de algum do seu trabalho, a Odebrecht até podia ter mentido melhor!!!!
Gociante Patissa
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Amigo Patissa depois da visita devo tecer as seguintes considerações.\
1- Um operário expatriado que ganhe USD 200 ou 300 não é técnico qualificado.
2- Se não é qualificado, se não é uma escola para os angolanos, o quê que está a fazer em Angola?
3- Ninguém aceitaria (pelo menos os angolanos) deixar sua família e quentura da sua "ndona" para vir ganhar o que o Brasileiro Bueno diz que paga a seus confrades.
4- EM RESPOSTA às perguntas deixadas na minha página:
- A Companhia aerojet faz voos fretados para a companhia para a qual trabalho.
- O despacho não é o normal. Há uma lista de trabalhadores que "voam", da-se o talão de embarque. Se tiver mala que não caiba na bagajeira é pesada e o moço da pesagem leva-a ao porão. Não se dá ticket de despacho de bagagem.
O que terá acontecido, e como os VIP's da TAAG agora embarcam pelo terminal da SAL, é que o rapaz terá colocado a mala noutro avião que não era o "meu".
Não sei qual é a admiração. Os brasileiros que trabalham em angola, como todos os outros estrangeiros, são expatriados, vivem longe das famílias, dos amigos, vêm de um país onde há electricidade, agua potável, estradas, regras de transito, e onde não há ataques racistas e xenófobos, onde não é constantemente chamado de "pula", nem mandado para casa.
Os expatriados não têm feriados, não têm horas extras, raramente gozam um domingo, não têm o óbito da vizinha, do primo, e da mãe que já morreu 4 vezes... Resumindo, trabalham muito mais horas, são mais produtivos e mais responsáveis.
São técnicos qualificados, ou pessoas com muita experiência de trabalho, porque motivo passam mais tempo a reclamar do que a tentar aprender com quem sabe???
Porque motivo não falam dos chineses? esses é que andam de pá e picareta, fazem trabalho não qualificado. Comparem o número de angolanos que conduzem camiões da Odebrecht, são operadores de máquina, ou chefes de equipa, com os das empresas chinesas... esses sim, são uma vergonha!!!
Eis um assunto interessante para debatermos. O mal da "inundação populacional chinesa", que só nõ trouxeram zungueiros de cigarros da Ásia porq já seria demais, deverá servir de justificação para eventuais "discriminações", frequentemente denunciadas entre angolanos e expatriados noutras empresas, incluindo o gigante (não se sabe como) multinacional (faz tudo) Odebrecht?
Caro Jorge,
Sei que os chineses são na sua maioria população prisional. Tb sei que são pagos a preço de banana e não têm complexos de superioridade como os "Zucas". Não dizem "filho da puta" aos angolanos porque nem português sabem falar. Tb. Sei que partes do Brasil "têm electricidade, agua potável, estradas, regras de transito", mas outras são bem piores do que Angola. Se não sabe, então que o saiba.
Diz que no Brasil "não há ataques racistas e xenófobos"? O Jorge mente. Você deve ter conhecimento de um outro país que não é o Brasil. Já notou como vivem os negros no Brasil? Quem é mais pobre no Brasil? Xenofobia é apenas dizer negro ou branco ou é tb o barramento de oportunidades? Sabe que papel fazem os negros nas novelas?
Sabe por que razão "Os expatriados não têm feriados"? Para ter o que vc diz que tb não têm, as horas extras.
Resumindo, se o Brasil fosse um el dorado não estariam cá muito a ganhar o que dizem receber.
Quer um debate mais aturado?
lcanhanga@hotmail.com
Sou brasileiro e gostaria de dizer que os nossos pares que vão para Angola trabalhar vivem no Brasil chamado El Dorado, aqueles que vivem no Brasil citado por nossa colega acima não chegam realmente a ter oportunidades como os que daqui saem para trabalhar em terras extrangeiras. Os que saem daqui são normalmente pessoas qualificadas e que tem muito a somar e a aprender com os angolanos, porém não devem ser vistos como concorrentes e sim como uma fonte de troca de conhecimentos e experiências.
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