quarta-feira, 28 de maio de 2008

Cidade do Cabo despacha os primeiros "regressados" angolanos

Texto: Voz da América (http://www.multipress.info/viewnew.php?id=250), 27/05/2008

Emigrantes angolanos começaram a abandonar a África do Sul receosos de serem também colhidos pela onda de violência que sacode aquele país há cerca de duas semana.Este movimento de regresso acontece numa altura em que algumas fontes aventam a possibilidade do ministro angolano das Relações Exteriores, João Miranda, aportar àquele pais com uma mensagem do Presidente angolano para o seu homólogo Tabo Mbeki.
Embora funcionários do Ministério se tivessem recusado a confirmar ou não a viagem de João Miranda, fontes da Voz da América disseram que ele deverá seguir para a África do Sul ainda esta semana com uma mensagem cujo conteúdo deverá reflectir a preocupação das autoridades angolanas para com os ataques xenófobos naquele país.
Até ao momento o saque e o incêndio das casas de três angolanos protagonizados por cidadãos sul-africanos são os únicos dados conhecidos sobre vítimas angolanas. Mas mesmo assim o porta-voz da embaixada angolana em Pretória, António Nascimento, declarou hoje à rádio estatal angolana haver um movimento de cidadãos nacionais a regressarem ao país a partir das cidades do Cabo e de Joanesburgo por via terrestre e aérea. «Os consulados de Angola na África do Sul têm as portas abertas para ajudar todos os cidadãos nacionais que queiram regressar a Angola.
Na sexta- feira uma família regressou e amanhã dia 28 uma outra está prevista regressar».A violência xenófoba na África do Sul já provocou pelos menos 50 mortes entre estrangeiros, sobretudo moçambicanos, e 35 mil deslocados. Entretanto, os grupos que estão a atender estrangeiros têm –se multiplicado por várias regiões segundo, os jornais da região.
Como consequência da onda de violência cerca de 35 mil estrangeiros abandonaram o país, enquanto outros procuram abrigo em igrejas, esquadras de polícia e junto da Cruz Vermelha, que está a prestar assistência a cerca de 25 mil pessoas. Nove províncias, incluindo a Cidade do Cabo e a regiões da fronteira com Moçambique são os principais palcos dos confrontos, que começaram nos bairros pobres dos subúrbios de Joanesburgo.
O presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, já lamentou o que está a acontecer, afirmando que a violência xenófoba é uma vergonha e uma humilhação para o país.
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