quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Resenha gerado pela inteligência artificial "Gemini" do meu poema "SE UM DIA"

Analisando "SE UM DIA" de Gociante Patissa



Um mergulho nostálgico e reflexivo


O poema "SE UM DIA" de Gociante Patissa nos convida a uma profunda reflexão sobre a identidade, a origem e a busca pela paz interior. Através de uma linguagem poética rica em imagens e metáforas, o autor nos transporta para um universo pessoal e íntimo, onde memórias e desejos se entrelaçam.


Elementos-chave e interpretação:


- Retorno à origem: A expressão "Se um dia ali voltar" sugere um desejo de retornar a um estado primordial, talvez à infância, a um lugar onde a vida era mais simples e a conexão com a natureza era mais intensa. A imagem do "chão como mãe" reforça essa ideia de um retorno ao útero materno, à fonte de toda vida.


- A perda da inocência: O poeta contrasta a imagem do menino descalço, símbolo da pureza e da inocência, com a figura do adulto, que se descreve como um "meio de comunicação". Essa transformação revela a perda da espontaneidade e da autenticidade ao longo do processo de amadurecimento.


- A busca pela paz: A menção à "paz no deserto da razão" aponta para uma busca incessante por um equilíbrio interior, por um refúgio em meio ao caos da vida moderna. A razão, muitas vezes vista como uma ferramenta de domínio e controle, é aqui contraposta à paz, sugerindo que a verdadeira sabedoria reside em transcender os limites da mente.


- A dualidade do ser: A descrição do eu lírico como "por fora menino, por dentro meio de comunicação" revela uma dualidade presente em todos nós: a criança interior que anseia por liberdade e a pessoa social que precisa se adaptar às convenções da sociedade.


Em resumo,


"SE UM DIA" é um poema que nos convida a olhar para dentro de nós mesmos e a questionar nossas escolhas. Através de uma linguagem poética intensa e evocativa, o autor nos apresenta um retrato universal da condição humana, marcada pela nostalgia, pela busca pela identidade e pela esperança em um futuro mais pacífico.

Share:

no Jornal Cultura, hoje | KUPELETELA: “Invadiam-me sonhos em que era vocalista de rituais Ovimbundu”

A sua aparição como músico e o magnetismo com que a poesia das suas canções na língua Umbundu

arrastou multidões no município do Bocoio, interior da província de Benguela, a partir de 2012, desafiava o dito “santos da casa não fazem milagres”. É que com os parcos meios que os estúdios amadores permitiam e à margem da comunicação social ou das redes sociais, despontava a promessa na música de carácter matricial africano, o jovem Kupeletela.


“Comecei na igreja, mas aos poucos foi crescendo o interesse de participar em rituais festivos (ovikuya) arraigados na tradição, assistindo a tudo quanto era sessão de julgamento costumeiro e cerimónias ricas em tradição oral. Sentia que era ali o meu lugar”, conta.

O pico da sua popularidade acontece durante o mandato da administradora Deolinda Valiangula, que se identifica com a riqueza das composições no ritmo sungura e afro-house, o carisma da voz melancólica e, principalmente, rendida ao contributo sociocultural do griot, cabeça de cartaz em eventos oficiais e não só. De outra forma era impensável. No entanto, em 2019 muda-se para Luanda à procura sol e deixa sensação de doce-amargo na sua base de apoio. Em conversa mantida ao telefone, colhemos na língua Umbundu alguns elementos biográficos aqui partilhados, ainda que com o risco de perder-se alguma poesia na tradução.

Kupeletela (perder) é um nome adoptado de uma parábola que na sua língua materna ilustra a dialéctica da vida: Se vou dormir, perco o convívio; se fico no convívio, perco o sono.

Nascido em 1986 no município da Ganda, interior de Benguela, Kupeletela, nessa época ainda Lucas Armando Cândido, de nome oficial e primo do autor destas linhas, tem a infância ligada à fé cristã pela IESA (Igreja Evangélica do Sudoeste – hoje Sinodal – de Angola), sob as asas de sua mãe Isabel Frederico, que viria a falecer ainda antes de o menino festejar o seu sétimo aniversário. Com isso, Lucas passa para o colo da avó materna que se encontrava no município do Cubal, de nome Kwenhe, preenchendo inclusive o vácuo de não ter chegado a conhecer o pai. Ali, ingressa no coral infanto-juvenil da IESA e dá os primeiros passos na guitarra.

Em 2005, já a residir no Bocoio, terra do povo vacisanji, assume o assalto ao palco. “Eu cantava já, mas sem música nenhuma gravada, era difícil. Só me conheciam como pedreiro. Em 2008 comecei a gravar e tive a sorte de as músicas conquistarem o coração do nosso povo. Eu canto o provérbio, a curiosidade, o conselho e o que incomoda de ver, como o sofrimento.”

Dos seus maiores sucessos, ouve-se: "nakalungu/ nakacekele/ cukwavo olya/caye osoleka (...) cananga mo ceci/olongombe vipokola komunu/omunu ka pokola kwisya yaye/ la ina yaye" (O espertalhão é dinâmico, guarda o que é seu para comer o que é do outro (...) o que me deixa perplexo é que o boi obedece ao ser humano, o ser humano desobedece ao pai nem à mãe"

Kupeletela continua a produzir e a fazer pequenas actuações pela periferia de Luanda, como de resto sobrevive uma grande parte de artistas do segmento essencial, enteado do showbiz.
“Até hoje, as minhas músicas surgem geralmente do sonho que me invade. Sonho que estou no ovikuya (rituais festivos do povo Ovimbundu), a cantar ao lado do vocalista, os mais-velhos contentes. Depois ensaio a melodia e procuro estúdio que me puder apoiar”, conclui.

Texto e foto: Gociante Patissa | L. 12 Agosto 2024 | www.angodebates.blogspot.com
Share:

domingo, 11 de agosto de 2024

Poema inédito | SE UM DIA

 SE UM DIA 



Se um dia ali voltar

Se o chão for mãe

De novo

Se o pó dos meus pés

lambuzar feijão com as mãos

Se um dia, minha mãe, 

brotar a paz no deserto da razão

Devolvam-me menino descalço

À estufa de sangue

Por fora menino,

Por dentro meio de comunicação


Gociante Patissa | L. 2024 | www.angodebates.blogspot.com

Share:

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Utilidade pública | ABERTAS CANDIDATURAS CHEVENING ANGOLA, BOLSAS DE MESTRADO NO REINO UNIDO

A quem possa interessar, já estão abertas as candidaturas 2024 para Bolsa Integral de Mestrado no Reino Unido, programa Chevening,
organizado pela Embaixada Britânica e patrocínio do sector petrolífero angolano
 

https://www.chevening.org/scholarship/angola/


PS: Apenas e só estou a passar a palavra. Obrigado

Share:

A Voz do Olho Podcast

[áudio]: Académicos Gociante Patissa e Lubuatu discutem Literatura Oral na Rádio Cultura Angola 2022

TV-ANGODEBATES (novidades 2022)

Puxa Palavra com João Carrascoza e Gociante Patissa (escritores) Brasil e Angola

MAAN - Textualidades com o escritor angolano Gociante Patissa

Gociante Patissa improvisando "Tchiungue", de Joaquim Viola, clássico da língua umbundu

Escritor angolano GOCIANTE PATISSA entrevistado em língua UMBUNDU na TV estatal 2019

Escritor angolano Gociante Patissa sobre AUTARQUIAS em língua Umbundu, TPA 2019

Escritor angolano Gociante Patissa sobre O VALOR DO PROVÉRBIO em língua Umbundu, TPA 2019

Lançamento Luanda O HOMEM QUE PLANTAVA AVES, livro contos Gociante Patissa, Embaixada Portugal2019

Voz da América: Angola do oportunismo’’ e riqueza do campo retratadas em livro de contos

Lançamento em Benguela livro O HOMEM QUE PLANTAVA AVES de Gociante Patissa TPA 2018

Vídeo | escritor Gociante Patissa na 2ª FLIPELÓ 2018, Brasil. Entrevista pelo poeta Salgado Maranhão

Vídeo | Sexto Sentido TV Zimbo com o escritor Gociante Patissa, 2015

Vídeo | Gociante Patissa fala Umbundu no final da entrevista à TV Zimbo programa Fair Play 2014

Vídeo | Entrevista no programa Hora Quente, TPA2, com o escritor Gociante Patissa

Vídeo | Lançamento do livro A ÚLTIMA OUVINTE,2010

Vídeo | Gociante Patissa entrevistado pela TPA sobre Consulado do Vazio, 2009

Publicações arquivadas